Centro de Saúde no Catujal abre com falta de médicos (e ameaça a Governo)

Ricardo Leão diz que autarquia de Loures faz a sua parte no que à requalificação e investimento em infraestruturas diz respeito, mas que é preciso que o Governo assuma a sua missão.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
21/01/2025 10:41 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

País

Saúde

O Município de Loures inaugura hoje um novo centro de Saúde no Catujal. Na cerimónia de abertura esteve presente o presidente da Câmara de Loures que apesar de enaltecer o trabalho da autarquia para dar melhores condições aos seus utentes, deixou um aviso ao Governo.

 

Segundo Ricardo Leão, "este novo centro de saúde insere-se no objetivo da Câmara de construir uma boa rede de saúde primária", num investimento de 5 milhões "para que os utentes e munícipes recebam tratamentos médicos dignos", e que incluem ainda centros noutras localidade, como na Bobadela.

Porém, salientou, não bastam as infraestruturas. O novo centro abre com escassez de meios humanos, tendo o autarca denunciado "em concreto a falta de médicos".

"Temos 60 mil utentes sem médico de família, são preciso 40 médicos de família - 20 em cada unidade local de saúde -  para dar uma resposta digna aos utentes do nosso concelho. O munícipio esta a fazer a nossa parte, agora exige que o Governo faça a parte dele", atirou, referindo-se também ao facto de ter chovido, esta segunda-feira, num centro de Saúde de Sacavém, sendo necessário que o Governo ajude a investir nestas infarestruturas.

Ricardo Leão falou mesmo que esta é uma falha deste Governo, bem como do Governo anterior, que tem de ser alterada, sob pena de ter que se tomar decisões mais dramáticas.

"Hoje vou dizer à ministra que a requalificação tem de ser feita urgentemente, sob pena do município de Loures em reunião de câmara propor devolver aquelas que foram as competências que o município assumiu na área  de educação", ameaçou, referindo que se chegou a um "ponto de rutura".

O autarca de Loures reforçou ainda que é papel do Governo ajudar na requalificação dos centros de saúde, mas acima de tudo em "meter médicos e profissionais de saúde" até porque, lembrou, esta é a única forma de "diminuir o numero de pessoas nas urgências do Hospital Beatriz Ângelo".

Leia Também: IGAS abre inquérito ao INEM e Dona Estefânia após morte de bebé em Loures

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