A intenção de abrir um novo concurso ainda este ano foi hoje anunciada pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, durante uma audição regimental na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Para o STRN estão em causa "não só a reposição urgente dos 266 Conservadores de Registos e dos 1.987 Oficiais de Registos que se encontram em falta, mas também evitar o desperdício do erário público, uma vez que assim se aproveitam, simultaneamente, o dinheiro já gasto na fase de seleção, bem como o que se vai gastar na fase da formação destes trabalhadores".
O STRN sublinha que "ninguém compreenderá" que não sejam aproveitados os 187 candidatos aprovados para ingresso na carreira de Conservador de Registos e os mais de 300 candidatos para ingresso na carreira de Oficial de Registos.
Para a estrutura sindical, se não houver um recrutamento em número suficiente de Conservadores de Registos e de Oficiais de Registos que promova, no final, "um saldo bastante positivo no balanço dos números entre os que se aposentaram e os que ingressam de novo, não se sairá do ciclo vicioso" que faz com que Portugal esteja "sempre pior".
A consequência, aponta o sindicato, será o "agravar da já elevada degradação na prestação de serviços essenciais aos cidadãos e às empresas".
Em 14 de janeiro, a ministra informou representantes sindicais de que o Ministério das Finanças autorizou o recrutamento de 50 novos conservadores e de 240 oficiais de registo.
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