Desde as 06h00 de hoje e até às 11h00 horas locais (o que na hora no meridiano de Greenwich - GMT corresponde ao período entre as 04h00 e as 09h00) foram registados mais de 30 sismos numa zona marítima entre as ilhas de Santorini e Amorgos, sem causar danos, segundo o Instituto Geodinâmico de Atenas.
O maior tremor foi de magnitude 4,5 graus na escala Richter e foi registado às 09h22 horas locais, a cerca de 36 quilómetros a noroeste de Santorini, a uma profundidade de dois quilómetros.
A frequência particularmente densa dos terramotos colocou as autoridades em alerta, que instaram os habitantes da ilha a evitar dois pequenos portos e a abster-se de se reunirem em espaços fechados.
Além disso, as autoridades locais decidiram que as escolas da ilha vão continuar encerradas por precaução na segunda-feira.
Segundo o Ministério da Proteção Civil da Grécia, a atividade sísmica dos últimos dias não está ligada ao vulcão de Santorini, mas sim a falhas subaquáticas na zona.
Embora os especialistas peçam para "manter a calma", o professor de Sismologia da Universidade de Atenas, Akis Tselendis, aconselhou os residentes a estarem preparados para tudo e a obedecerem às instruções dos especialistas e do Governo.
Equipas especiais dos bombeiros e da polícia dirigiram-se para a ilha, enquanto se registaram pequenos deslizamentos de terras na caldeira de Santorini, perto do antigo porto de Fira.
Segundo Tselentis, o maior perigo que pode surgir desta elevada atividade sísmica na zona é um tsunami, como o que ocorreu perto de Amorgos em 1956, após um terramoto de magnitude 7,3 graus na escala Richter, que causou a morte de 53 pessoas.
A Grécia está situada sobre múltiplas falhas geológicas e é propensa a sismos. Entre Santorini e Amorgos existe um total de cinco grandes falhas de mais de 20 quilómetros cada, que podem produzir sismos até 7,3 graus na escala Richter.
Santorini é também um dos principais destinos turísticos da Grécia.
Uma das maiores erupções da história, por volta do ano 1600 antes de Cristo, deu à ilha a forma atual e formou um tsunami que atingiu Creta. A última erupção na área ocorreu em 1950.
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