Um homem indiciado pela prática de mais de 200 crimes de abuso sexual de crianças agravado e de coação foi apresentado a primeiro interrogatório judicial, a 23 de janeiro, tendo sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva, indica o Ministério Público (MP) numa nota publicada esta segunda-feira.
Os crimes foram cometidos entre 2010 e 2015 e tiveram início quando a vítima tinha 6 anos e o arguido 46 anos. "A menor frequentava diariamente a casa da avó, onde o arguido, seu tio-avô, também residiu até 2012/2013, altura em que emigrou para França", pode ler-se.
O detido forçou a vítima a manter relações sexuais com ele ao ameaçá-la, num primeiro momento, que matava a avó caso esta denunciasse o ocorrido. Mais tarde, após ter emigrado, quando regressava ameaçava a menor de que a levaria para França.
Em suma, foram, pelo menos, 106 ocasiões em que o arguido atuou desta forma com a menor e, em outra altura, o homem chegou "a obrigar a criança à prática de atos sexuais com um outro individuo não identificado".
"A conduta do arguido causou na menor grande perturbação psicológica, levando-a a ter de ser acompanhada em consultas de pedopsiquiatria desde os seus 15 anos de idade", revela ainda o MP.
O inquérito corre termos no Núcleo de Sintra e encontra-se em segredo de justiça, pelo que a presente informação é prestada ao abrigo do artigo 86.º, n.º 13, alínea b), do Código de Processo Penal.
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