Trump é "ótimo negociador" e Europa tem de responder com "firmeza"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que a Europa tem de responder com firmeza, rapidamente e em conjunto ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que classificou como "ótimo negociador".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
04/02/2025 21:08 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas durante um encontro com representantes da comunidade portuguesa no Palácio Kaiserstein, em Praga, onde chegou hoje para uma visita oficial à República Checa.

 

Segundo o chefe de Estado, neste momento "a Europa tem que fazer várias coisas ao mesmo tempo, o que é difícil": tem de "trabalhar na segurança", simultaneamente "tem de crescer", o que não está a acontecer em grandes economias como a alemã, e de "investir na ciência, na tecnologia", sem descurar os problemas sociais.

"E ainda por cima, tem pela frente o desafio do novo presidente norte-americano", realçou.

Sobre Donald Trump, que disse conhecer bem, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-o como "um empresário que é um ótimo negociador" e "gosta de liderar as negociações", que neste início de mandato "quer fazer tudo rápido" e anuncia medidas para ver "qual é a reação dos destinatários". 

O Presidente da República referiu que para a Europa "isto é uma experiência nova, não tem nada a ver com a administração do presidente anterior [dos Estados Unidos da América]", Joe Biden.

"Portanto, tem de responder rápido, tem de responder em conjunto. Tem de responder de uma forma firme - como fez a presidente da Comissão [Europeia, Ursula von der Leyen]: há tarifas, nós respondemos", defendeu.

"Isto para a Europa é uma experiência difícil, exige uma grande unidade, uma capacidade de resposta rápida, imaginação", reforçou.

Relativamente à guerra na Ucrânia, para Marcelo Rebelo de Sousa "é impensável haver uma negociação ou qualquer tipo de conversa sobre a Ucrânia em que a Ucrânia não esteja envolvida e a Europa não esteja envolvida". 

"Agora, como é que se envolve? E como é que deve reagir para, em cada momento, mostrar a sua força? A Europa tem de mostrar que tem força suficiente para ter poder negocial", acrescentou.

Na opinião de Presidente da República, o modo como Trump irá proceder em relação à Europa e outras regiões "depende do que ele perceber que é a resposta dos destinatários".

"Ele conhece bem o presidente Putin, muito bem, portanto, não tem surpresas nem novidades com ele. Conhece menos bem o presidente Xi Jinping, mas já conhece melhor do que no primeiro mandato, e portanto já espera dele certas respostas. Da Europa, com as lideranças atuais, está a ver que respostas é que a Europa dá", resumiu. 

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, Trump "sobe a parada, sobretudo nesta altura em que está muito forte, e espera para ver se aguentam ou não aguentam e o que é que lhe dão em troca, se vale a pena ficar a meio caminho, a dois terços, a um terço".

A Europa tem de "encontrar respostas conjuntas, rápidas e suficientemente fortes" para conseguir "espaço negocial", insistiu.

[Notícia atualizada às 23h15]

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