Azeméis diz que vontade das freguesias devia sobrepor-se a argumentos do PR

O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis defendeu hoje que a vontade popular de desagregar a União de Freguesias de Nogueira do Cravo e Pindelo devia sobrepor-se aos argumentos do Presidente da República para vetar a medida.

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© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images

Lusa
14/02/2025 14:54 ‧ ontem por Lusa

País

Freguesias

É essa a reação de Joaquim Jorge Ferreira ao veto com que Marcelo Rebelo de Sousa inviabilizou na quarta-feira à noite a reposição da autonomia administrativa das duas freguesias que, no referido município do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, estão a ser geridas pela mesma junta desde a reforma implementada em 2013 por imposição da 'troika'.

 

"O Presidente da República devia ter respeitado a vontade da população, que é muito mais importante do que as questões por si suscitadas para justificar o veto", declara o autarca socialista à agência Lusa.

Joaquim Jorge Ferreira realça que o diploma remetido a Marcelo Rebelo de Sousa permitiria "a reversão de um processo que é lesivo dos interesses das populações", pelo que as comunidades afetadas "querem, legitimamente, ver repostas as suas freguesias".

A expectativa do autarca socialista recai agora sobre o regresso do documento à Assembleia da República: "Acredito que o bom senso vai imperar e que a vontade do povo se vai sobrepor àqueles que não o querem respeitar".

O projeto-lei que a 17 de janeiro aprovou a reposição de 302 juntas de freguesia em todo o país como forma de reverter 135 agregações criadas pela reforma administrativa de 2013 foi aprovado com os votos a favor dos proponentes PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN, e idêntica posição do CDS-PP, com o contra da Iniciativa Liberal e a abstenção do Chega.

Depois de a 'troika' ter imposto a redução de 4.260 juntas de freguesia para as atuais 3.092, o documento viabilizaria assim uma nova reorganização do território em 3.394 juntas.

A razão que Marcelo Rebelo de Sousa apontou como "decisiva" para o veto foi a sua dúvida sobre "a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa [administrativo] já nas eleições autárquicas de setembro ou outubro deste ano".

O Presidente da República também questionou "a falta de compreensão ou transparência pública do processo legislativo" e alegou ainda que a desagregação de freguesias determinada pelo Parlamento é "contraditória com a linha dominante, inspirada pelas instituições europeias".

A decisão final cabe agora à Assembleia da República, já que, caso esse órgão confirme o texto do diploma por maioria absoluta dos deputados em funções, Marcelo Rebelo de Sousa terá obrigatoriamente que o promulgar no prazo de oito dias a contar da sua receção.

Leia Também: Autarca de união de freguesias em Serpa desiludido com veto presidencial

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