"O SNBP exige medidas imediatas e eficazes por parte das autoridades competentes, garantindo instalações adequadas, equipamentos operacionais e condições de trabalho dignas, essenciais para um serviço de socorro eficiente e seguro", requereu o Sindicato num comunicado.
A estrutura sindical apelou à autarquia para que dê resposta às reivindicações laborais dos bombeiros profissionais locais, denunciando a "situação insustentável em que se encontram as instalações, equipamentos e condições de trabalho dos Bombeiros Sapadores de Faro".
O SNBP assegurou que tem feito "repetidas tentativas de diálogo" com a Câmara, mas lamentou que, até ao momento, os problemas identificados continuem "sem solução", pondo "em risco a segurança dos Bombeiros e a qualidade do socorro prestado à população" do concelho e do Algarve.
O Sindicato apontou como exemplos as "condições degradantes do quartel", onde existe um refeitório "sem as mínimas condições higiénicas" e balneários "recentemente renovados", mas que estão "sem água quente desde dezembro" passado.
Os Sapadores de Faro estão também, segundo o sindicato, a deparar-se com a "degradação de equipamentos", como veículos "inoperacionais ou obsoletos", equipamentos de proteção individual guardados em áreas com "condições inadequadas" e "expostos a pó de amianto", uma substância cancerígena.
"Já houve casos graves de problemas de saúde entre os bombeiros, incluindo um falecimento devido a cancro do pulmão", advertiu o sindicato.
O SNBP indicou que as férias também continuam a ser "motivo de preocupação", por continuarem a ser marcadas em dias de folga, por o mapa não estar afixado e por ser impedida a sua marcação em dias de Natal, Passagem do Ano ou "eventos associados à autarquia".
A estrutura sindical assinalou que se reuniu em março do ano passado com a vereação da Câmara de Faro para expor ao município as reivindicações para os sapadores de Faro e, em junho, perante a falta de resposta do município, questionou o presidente da Câmara, Rogério Bacalhau, também sem sucesso.
Os bombeiros deparam-se com uma "contínua degradação das condições de trabalho" e é "evidente a falta de compromisso das entidades responsáveis", considerou o SNBP, acusando a autarquia de "inação", pondo em risco profissionais e socorro.
A agência Lusa contactou a Câmara de Faro para obter uma reação ao comunicado do sindicato, mas a autarquia remeteu uma resposta para mais tarde.
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