Portugueses têm "tolerância zero" e "nenhuma tendência" para a xenofobia

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu hoje, perante o Presidente do Brasil, que os portugueses não têm "nenhuma tendência para fenómenos de xenofobia" e afirmou que há "tolerância zero" para quem tem esses comportamentos em Portugal.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
19/02/2025 17:19 ‧ há 2 dias por Lusa

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Montenegro

Luís Montenegro falava em conferência de imprensa, no fim da 14.ª Cimeira Luso-Brasileira, no Palácio do Planalto, em Brasília, tendo ao seu lado o Presidente Lula da Silva.

 

Interrogado se o Governo português reconhece que há casos de xenofobia contra brasileiros em Portugal, o primeiro-ministro português sustentou que isso acontece "episodicamente, excecionalmente".

"Nós temos tolerância zero para quem tiver um comportamento dessa natureza, desde logo, prevenindo, desde logo fazendo e assumindo um posicionamento inequívoco de repressão de qualquer tentação nesse sentido, de proteção das pessoas que possam estar mais expostas a um fenómeno desses", acrescentou.

Em seguida, Luís Montenegro defendeu que "os portugueses na sua esmagadora maioria, esmagadora mesmo, não têm nenhuma, mas nenhuma tendência para fenómenos de xenofobia".

Em resposta a esta questão, o primeiro-ministro começou por declarar: "Não posso garantir que não possa existir, episodicamente, excecionalmente, um acontecimento de alguma reação, de alguma manifestação de racismo, de xenofobia, de algum comportamento desviante no meu país. Acho que ninguém pode fazer o mesmo em nenhuma circunstância similar à minha, honestamente".

Depois, afirmou que há "tolerância zero" para esses comportamentos e defendeu que os portugueses tendencialmente não são racistas ou xenófobos.

Relativamente aos brasileiros, segundo Luís Montenegro, "não é por acaso" que são quase metade da população imigrante em Portugal, não só porque "falam a mesma língua, isso é uma vantagem", mas "porque há uma identidade de valores, há uma identidade de cultura, há uma identidade que aproxima".

"Se não, nem nós, em Portugal, tínhamos tanta vontade de acolher, nem os brasileiros tinham tanta vontade de ir. Estas coisas só funcionam porque, de facto, há uma relação muito, muito próxima, muito, muito estreita", considerou.

No fim da sua resposta, o primeiro-ministro ressalvou que compreende que "em casos excecionais e em casos graves, às vezes basta haver um caso, basta haver um ou dois, que é contaminada toda uma comunidade". 

"Atenção, não extraiam daqui nenhuma diminuição do valor das coisas, eu não estou a dizer que um caso que seja não é uma preocupação, claro que é, mas temos de relativizar, não podemos extrair a conclusão, com a exceção, de que isso é a regra. E não é. Efetivamente não é", acrescentou.

Luís Montenegro disse ainda que o seu Governo trabalha para "cultivar uma melhor cooperação para afastar qualquer ocorrência de comportamentos xenófobos".

[Notícia atualizada às 20h14]

 

Leia Também: Brasileiros por cá? Lula pede "desconstrução" em relação a criminalidade

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