Luís Montenegro falava em conferência de imprensa conjunta com o Presidente Lula da Silva, no fim da 14.ª Cimeira Luso-Brasileira, no Palácio do Planalto, em Brasília, durante a qual foi questionado sobre os problemas que os imigrantes, em especial professores, enfrentam para conseguir exercer a sua profissão em Portugal.
"Nós temos tido, sucessivamente, vários casos de profissões cujos processos de reconhecimento são lentos, são demorados e são muitas vezes complexos e burocráticos. Nós estamos a tentar que sejam mais ágeis", respondeu.
Segundo o primeiro-ministro, além da atuação "no contexto legislativo", o Governo português pretende que haja "uma maior interação" entre estabelecimentos de ensino nesta matéria, "para que comece logo, na relação entre eles o enquadramento para esse reconhecimento".
Quanto ao caso dos professores, afirmou: "Nós temos todo o interesse, temos mesmo todo o interesse em recrutar professores, nomeadamente professores para o ensino primário, o ensino do ciclo básico, do primeiro ciclo, como hoje se designa, que é muito desse segmento que nós estamos a falar, no caso dos professores brasileiros".
"Mas mesmo nos outros, nós temos toda a abertura e tentaremos, cada vez mais, aprofundar os mecanismos para que isso seja mais expedito", acrescentou o chefe do Governo PSD/CDS-PP.
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