O Tribunal Superior de Justiça da Galiza confirmou a sentença do português de Aveiro que, em novembro do ano passado, foi condenado a quase seis anos de prisão por ter tentado violar uma peregrina alemã que se encontrava hospedada num hotel em Vigo, em Espanha, a 11 de junho de 2023.
O homem tentou reduzir a pena de cinco anos e nove meses de prisão pela prática de um crime de injúria e de tentativa de agressão sexual, mas a justiça galega considerou o pedido “inadmissível”, uma vez que a vítima sofreu erosões, hematomas e contusões devido à resistência que exerceu, noticiou o La Voz de La Galicia, na quarta-feira.
Os juízes concordaram que houve um “importantíssimo conjunto de atos progressivos e adequados à lesão do direito protegido, só não se consumando devido à forte reação da vítima e à intervenção decisiva de terceiros”, de acordo com a mesma fonte.
O advogado do agressor argumentou que a sentença “não é motivada nem fundamentada” e pediu que o seu cliente cumprisse três anos de prisão pela agressão sexual e três meses pelas lesões, sem sucesso.
Ainda assim, a defesa poderá interpor recurso junto do Supremo Tribunal.
Recorde-se que, em novembro, o Tribunal Provincial de Pontevedra, que condenou Nário B.G. a cinco anos de prisão por tentativa de violação e a nove meses de prisão por agressões, deu como provado que o homem entrou no quarto da vítima apenas de roupa interior e com um preservativo porque tinha a “intenção de ter relações sexuais com penetração”.
Na altura, o tribunal proibiu o homem de exercer profissões que impliquem o contacto com menores durante nove anos, período durante o qual também não pode aproximar-se ou contactar a vítima. Ficaria também em liberdade condicional durante três anos e teria indemnizar a mulher em 7.650 euros.
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