Durante uma cerimónia na Câmara do Porto, onde esta manhã recebeu as Chaves da Cidade no segundo e último dia de visita a Portugal, Macron assumiu que, tal como o Porto, é um defensor da liberdade, designadamente numa altura desafiante para a Europa e o mundo.
O chefe de Estado francês defendeu ainda a importância, cada vez maior, de defender os valores democráticos e da dignidade humana e realçou a necessidade de a Europa se unir e fortalecer.
Por seu lado, Rui Moreira lembrou que o Porto, onde em 1820 eclodiu a Revolução Liberal portuguesa, é identificado ainda hoje como a "cidade da liberdade".
"Faz parte do singular caráter dos portuenses um vincado apreço pelo livre-arbítrio e a vontade individual, pelo espírito de iniciativa e a capacidade de realização, pela justiça social e a ética republicana", reforçou.
Moreira assinalou ainda que o Porto partilha dos valores que a França representa, nomeadamente liberdade, igualdade e fraternidade.
Valores que, acrescentou, têm sofrido uma forte erosão na Europa e no mundo com o declínio do multilateralismo, a ascensão dos populismos, a tribalização das sociedades e a disrupção tecnológica.
Depois da visita à Câmara do Porto, o Presidente francês participará esta tarde, no Palácio da Bolsa, no fórum de negócios franco-português.
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