Montenegro desenha "reforço na Defesa" e afasta-se de "política interna"

Luís Montenegro garantiu, em Bruxelas, que a "situação de Portugal está estabilizada do ponto de vista financeiro e económico".

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© Rodrigo Antunes/Reuters

Cátia Carmo
06/03/2025 11:13 ‧ há 3 horas por Cátia Carmo

País

Luís Montenegro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou estar em Bruxelas para desenhar o "reforço na Defesa" de que Portugal precisa e recusou comentar a situação de "política interna" que o país atravessa.

 

"Relativamente à situação política do país, está a anunciada a apresentação de uma moção de confiança. Remeto para esses momentos a análise da situação política interna", afirmou Montenegro, depois de ter sido questionado, pelos jornalistas, sobre se será o candidato do PSD num cenário de eleições antecipadas em maio.

Ainda assim, acabou por assegurar que a "situação económica e financeira" do país está "estabilizada". Admitindo, no entanto, que do ponto de vista económico e social "é desejável que não haja nenhuma perturbação política".

Questionado sobre a perspetiva de eleições legislativas antecipadas, o primeiro-ministro reconheceu que, como o Governo "está sempre dependente da Assembleia da República, não tem uma maioria absoluta", pode "sempre acontecer, a todo o tempo, ser aprovada uma moção de censura ou também pode acontecer, no caso de o Governo decidir, como decidiu, de apresentar uma moção de confiança, que ela possa não ser aprovada".

"Eu não vou antecipar esse momento", respondeu o líder do executivo, acrescentando que "se o Parlamento tem dúvidas quanto à legitimidade do Governo para executar o seu programa, esse problema tem de ser resolvido".

No Conselho Europeu extraordinário, em Bruxelas, Montenegro espera que a União Europeia (UE) dê "passos muito concretos" no "processo de paz que todos ambicionam para a Ucrânia".

"Portugal não deixará de estar disponível para participar nesse processo e para participar com todas as diligências que a União Europeia poderá tomar para, no terreno, executar esse objetivo. Vamos começar a desenhar o plano de reforço dos investimentos dos Estados-membros na área da Defesa com a perspetiva de ter uma Europa mais autónoma e capaz de abraçar um novo ciclo de investimento com vista a termos maior capacidade produtiva", acrescentou o primeiro-ministro.

O governante anunciou na quarta-feira que o Governo avançará com a proposta de uma moção de confiança ao executivo pelo Parlamento, "não tendo ficado claro" que os partidos dão ao executivo condições para continuar.

A rejeição de uma moção de confiança implica a demissão do Governo, estabelece o Regimento da Assembleia da República. Ao contrário da moção de censura, que só é aprovada com a maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, 116, uma moção de confiança apenas necessita de maioria simples, mais votos a favor do que contra.

O grupo parlamentar do PSD vai reunir-se esta quinta-feira de manhã.

Leia Também: Finanças portuguesas? Situação "estabilizada", mas Montenegro faz aviso

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