A Câmara Municipal de Sintra garantiu ao Notícias ao Minuto, esta quarta-feira, que "está a acompanhar de perto a situação de habitação ilegal no Externato Novos Rumos, em Massamá" e a "trabalhar para arranjar alojamento urgente e temporário" para as "mais de 37 famílias, com cerca de 100 pessoas" que lá vivem.
A prioridade da autarquia "serão os agregados familiares com crianças a cargo e outros cidadãos com problemas de saúde ou outras necessidades que os coloquem em maior risco ou perigo".
Para já, não se sabe quando é que os moradores vão sair do colégio, nem para onde vão: "Os serviços de fiscalização e de ação social do Município de Sintra, em articulação com União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e autoridades de saúde pública, estão a realizar o diagnóstico detalhado de cada agregado familiar identificado" na ação de fiscalização que decorreu no dia de ontem, terça-feira, 18 de março.
Em colaboração com estas entidades, a câmara está assim "a trabalhar para garantir, num curto espaço de tempo, que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteger os residentes com respostas de alojamento urgente e temporário, tendo sempre em conta as características de cada agregado".
Ao Notícias ao Minuto, a autarquia confirmou ainda que o "espaço não se encontra licenciado para habitação ou alojamento". Pelo que foi levantado "o respetivo auto de contraordenação".
Recorde-se que as autoridades realizaram ontem uma operação policial no externato em questão, depois de terem recebido várias denúncias a dar conta que este estava a ser utilizado como habitação ilegal.
Quando lá chegaram, por volta das 8 horas da manhã, os elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), da Polícia Municipal, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e de Saúde Pública encontraram vários adultos, idosos e crianças, que pagavam rendas entre os 250 e os 500 euros.
Para já as pessoas que vivem no colégio - na sua maioria imigrantes em situação legal no nosso país - mantêm-se todas no espaço. Não há informações sobre se serão realojadas ou se têm de abandonar o local.
O local em questão é o Externato Novos Rumos, um antigo estabelecimento de ensino privado abandonado há mais de uma década e utilizado, há cerca de três anos, segundo vários meios de comunicação social, como habitação ilegal por várias pessoas.
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