Registadas 40 ocorrências por mau tempo. "Situação normalizada"

A Proteção Civil registou este domingo, entre as 00h00 e as 10h00, 40 ocorrências relacionadas com a passagem da depressão Martinho em Portugal continental, número muito inferior face ao registado nos últimos dias.

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© Luis Boza/NurPhoto via Getty Images

Lusa
23/03/2025 11:48 ‧ há 2 dias por Lusa

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Meteorologia

"A situação está praticamente normalizada", disse à Lusa o comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Paulo Santos.

 

Segundo o responsável, "os terrenos continuam alagados e algumas árvores acabam por cair dias mais tarde", explicando as ocorrências que foram registadas esta noite e que estão relacionadas com a depressão, apesar da melhoria das condições metereológicas.

No total, a Proteção Civil registou 12 quedas de árvores e três quedas de estruturas em todo o país. A região onde foram verificadas mais ocorrências, à semelhança dos últimos dias, foi a Grande Lisboa, com oito ocorrências, seguindo-se Coimbra, com sete, e a Área Metropolitana do Porto, com cinco ocorrências. A zona do Oeste registou quatro ocorrências, Algarve teve três e Setúbal registou duas.

As 40 ocorrências não incluem a cidade de Lisboa, uma vez que o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa não reporta os dados à ANEPC. À Lusa, o subchefe de segunda classe do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa Paulo Cochinho adiantou que "esta noite não foi registada nenhuma ocorrência relevante", num total de oito ocorrências. "A situação está muito mais calma", acrescentou.

Os registos feitos na cidade de Lisboa estão relacionados com "despistes de viaturas, fecho de água, pessoas dentro de elevadores, tendo sido registadas ocorrências não relacionadas" com a passagem da depressão Martinho, explicou ainda o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Entre quarta-feira e quinta-feira, os dois dias mais intensos da passagem da depressão Martinho, a ANEPC contabilizou um total de 8.600 ocorrências em Portugal continental.

A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.

Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.

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