O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou, esta segunda-feira, que a "ideia de estabilidade" parece ter pesado na hora de votar nas legislativas regionais antecipadas na Madeira.
"A realidade é a seguinte: é a de que pesa e pesou a ideia de estabilidade. Há uma realidade que já conhecemos - e sobre a qual temos posições muito favoráveis ou menos favoráveis - e preferimos isso à novidade, ao risco da novidade", disse o Presidente após ser interrogado pelos jornalistas sobre as eleições na Madeira e sobre se os processos judiciais não estão a pesar na hora de votar.
Ontem, o chefe de Estado já tinha apontando que os eleitores deram uma maioria absoluta a dois partidos, o PSD e o CDS.
De recordar que, segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares (mais quatro) na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.
O Juntos Pelo Povo (JPP) alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares, seguido do Chega, que elegeu três deputados, a Iniciativa Liberal (IL) e o CDS-PP, que obtiveram um cada.
Mais de 255 mil eleitores foram no domingo chamados a votar nas legislativas regionais antecipadas da Madeira para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 14 candidaturas na corrida.
Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido um círculo único 14 candidaturas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
A Assembleia Legislativa da Madeira passa agora a ser composta por 23 deputados do PSD (ficou a um da maioria absoluta) 11 do JPP, oito do PS, três do Chega, um do CDS-PP e outro da IL.
[Notícia atualizada às 16h53]
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