"Submarino é o primeiro apreendido em pleno oceano". Divulgadas imagens

Submarinho, proveniente da América do Sul, transportava cerca de sete toneladas de cocaína.

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Notícias ao Minuto com Lusa
25/03/2025 16:23 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

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A Polícia Judiciária (PJ) divulgou as primeiras imagens da operação que levou à interceção de um submarino carregado com quase toneladas de cocaína em pleno Oceano Atlântico, a cerca de 500 milhas náuticas a sul dos Açores. 

 

Em conferência de imprensa, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, destacou a cooperação internacional, mas também a cooperação entre a autoridade, a Marinha Portuguesa e a Força Aérea. 

"Uma palavra de profundo reconhecimento à Marinha Portuguesa e a Força Aérea", sublinhou. "Isto também é uma guerra contra o crime organizado", notou,  classificando a operação como "um rude golpe numa organização criminosa". 

Segundo Luís Neves, a organização em causa é uma de muitas que tentam "encharcar a Europa de muita cocaína", um negócio que está na base de vários crimes, desde corrupção e branqueamento de capitais, a sequestros, raptos e mortes, pelo domínio de territórios, e o submergível é "o primeiro que é encontrado nestas circunstâncias".

"O  submergível é o primeiro que temos conhecimento a ser apreendido em pleno oceano", disse. "Quase sete toneladas de cocaína chegarão hoje a terra", precisou, depois de uma primeira nota dar conta da apreensão de 6,5 toneladas de cocaína. 

De realçar que, com frequência, os submarinos são afundados para omitir a prova.

"Estamos a falar de muitos milhões que estão aqui em causa", disse. O submarino, precisou o responsável, "vinha da América do Sul". 

Os submergíveis usados nestas rotas são construídos pelos próprios carteis de droga, em estaleiros artesanais ilegais. "São manufaturados e equipados com tecnologia de ponta", afirmou.

Em colaboração com as autoridades espanholas têm sido desmantelados vários estaleiros onde são construídas lanchas rápidas para este fim.

"Normalmente, estas organizações têm grande capacidade económica", sustentou Luís Neves.

Na mesma conferência de imprensa, o general Cartaxo Alves, chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), descreveu uma "operação complexa".

"Hoje estamos todos de parabéns. O país, os cidadãos, e as instituições do Estado que souberam funcionar", completou.

Recorde-se que cinco pessoas foram detidas. O submarino tinha como destino a Península Ibérica.

Os suspeitos, com três nacionalidades diferentes (Brasil, Colômbia e Espanha) deverão ser presentes a um juiz de instrução criminal na quarta-feira, em Lisboa, indicou o diretor nacional da PJ. 

Além da PJ, participaram na operação Nautilus a Marinha e a Força Aérea portuguesas, a Guardia Civil de Espanha, a Drug Enforcement Administration do EUA e a National Crime Agency do Reino Unido.

A ação policial teve origem numa informação partilhada pela Guardia Civil no Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), com sede em Lisboa, e foi desenvolvida em inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

A investigação, a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, prossegue em cooperação com as autoridades de outros países.

Submarino com 6,5 toneladas de cocaína intercetado ao largo dos Açores

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Há cinco detidos de várias nacionalidades. A embarcação saiu do Brasil rumo à Península Ibérica.

Natacha Nunes Costa | 10:57 - 25/03/2025

[Notícia atualizada às 17h38]

Leia Também: Submarino com 6,5 toneladas de cocaína intercetado ao largo dos Açores

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