Tiago Grila, o influencer que num 'podcast' revelou ter atropelado uma pessoa, regressou a Portugal, na quarta-feira, após ter viajado para Angola pouco tempo depois do estalar da polémica, em final de fevereiro.
Nas redes sociais, deu conta da sua chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e, em declarações ao Correio da Manhã, disse estar "descansado" e "acreditar na justiça".
"Acredito na justiça portuguesa. Estou completamente descansado", disse, acrescentando que foi para Angola de "férias".
No entanto, em fevereiro, o jornal Observador revelou que Tiago Grila publicou vídeos na rede social TikTok, exclusivos a subscritores, onde dava conta que iria para Angola por "motivos de segurança". "Derivado a questões de segurança, muitas ameaças que tenho recebido, até isto estar resolvido, vou numas feriazinhas", indicou.
De recordar que foi num episódio do 'Podcast do Mestre', conduzido por Bruno Dias Mestre, que o influencer Tiago Grila confessou que tinha atropelado uma pessoa, colocando-se depois em fuga. "Estou a falar a sério. Vinha numa subida, ali na Amadora. Não vi, ia agarrado ao telemóvel, ouço um estoiro e partiu o vidro", contou.
Posteriormente, a SIC avançou que o atropelamento mencionado por Grila tinha acontecido no dia 17 de janeiro de 2024, numa passadeira na Avenida D. José I, na Amadora, e que a vítima, uma mulher, perdeu os sentidos e sofreu vários ferimentos.
A confissão, recorde-se, fez com que a Polícia de Segurança Pública (PSP) denunciasse o crime ao Ministério Público.
Depois de o caso ser noticiado, o influencer já havia declarado estar "surpreendido" com a notícia, na qual foi "associado, incorretamente, a um suposto atropelamento que ocorreu no ano passado". "Quero deixar claro que essa associação à minha pessoa é completamente falsa e descabida", escreveu nas redes sociais. Mais recentemente, veio mesmo alegar que tudo se tratou de uma estratégia de "marketing".
O Ministério Público (MP) confirmou, também no final de fevereiro, que reabriu um inquérito que tinha sido arquivado em outubro do ano passado por indícios da prática dos crimes de ofensa à integridade física e omissão de auxílio, na sequência das declarações de Tiago Grila, influencer que alegadamente confessou, num podcast, um atropelamento seguido de fuga na Amadora.
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