Guardas prisionais detidos? "Maçãs podres não podem estar ao serviço"

Reação do Presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais, à operação Mercado Negro, que investiga crimes relacionados com corrupção e tráfico de drogas em várias cadeias portuguesas.

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Natacha Nunes Costa
09/04/2025 11:43 ‧ há 3 semanas por Natacha Nunes Costa

País

Guardas Prisionais

O Presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais, recusou a ideia de que a operação Mercado Negro, que hoje se realizou em vários estabelecimentos prisionais e que terminou com 13 detidos, dois dos quais guardas prisionais, fragiliza a profissão.

 

"Pelo contrário, congratulámo-nos com esta operação. A Guarda Prisional deve ser constituída por pessoas sérias e íntegras. Guarda prisional que é guarda prisional não gosta de corrupção no seu serviço", realçou ao Notícias ao Minuto, acrescentando que o sindicato concorda que quando há suspeitas sérias "deve-se atuar".

"As operações devem ser feitas quando há fundamento e parece ser o caso de hoje. As maçãs podres não podem estar no nosso serviço", atirou, admitindo que o sindicato sente-se "envergonhado" quando há notícias de corrupção entre o corpo da guarda prisional.

Ao Notícias ao Minuto o responsável também negou qualquer relação entre estes casos de corrupção e a remuneração dos guardas prisionais, que diz ser de "pouco mais de mil euros".

"Não é desculpa para isso. Isto está no sangue das pessoas", disse, recordando que "todas as profissões têm bons e maus profissionais" e que "as profissiões onde em Portugal se ganha mais dinheiro é onde há mais corrupção". "Basta ver partidos políticos, basta ver empresas que são corrompidas, a EDP, o BES. O dinheiro não é desculpa", atirou.

Para Frederico Morais um "guarda prisional que é guarda prisional tem orgulho na farda que veste e não a suja".

Recorde-se que a Polícia Judiciária (PJ) realizou, na madrugada desta quarta-feira, buscas em várias prisões portuguesas que culminaram na detenção de 13 pessoas, entre as quais dois guardas prisionais.

Os arguidos são suspeitos de vários tipos de crimes, entre os quais tráfico de estupefacientes e corrupção.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a PJ revelou que em causa está um "alegado projeto criminoso, praticado, entre outros, por guardas prisionais que facilitam a entrada de substâncias ilícitas nos estabelecimentos prisionais a troco de vantagem patrimonial".

Leia Também: Buscas em prisões terminam com 13 detidos. Dois são guardas prisionais

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