"Mais do que traído, senti-me maltratado. Fomos empurrados para sair"

Antigo diretor executivo do SNS acusa Governo da AD de ter politizado a Saúde.

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© Leonel de Castro/Global Imagens

Notícias ao Minuto
10/04/2025 15:30 ‧ há 4 dias por Notícias ao Minuto

País

Fernando Araújo

O antigo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, quebrou, pela primeira vez, o silêncio sobre a saída do cargo, em abril de 2024, em rota de colisão com o Governo da Aliança Democrática (AD).

 

Numa entrevista dada, esta quinta-feira, à RTP, o médico, especialista em Imuno-hemoterapia, garantiu que foi "maltratado" pelo Governo e "empurrado" para sair.

"Mais do que traído, senti-me maltratado. Eu e a equipa que dirigia. Nós estavamos a exercer um trabalho de enorme exigência e complexidade. Estavamos a ter os primeiros resultados e, de repente, sem qualquer razão evidente, eventualmente, por razões partidárias, fomos empurrados para sair da direção e executiva", afirmou, acrescentando que, a certa altura, sentiram mesmo que estavam "a mais no processo".

Hoje em dia, o também antigo presidente do Hospital de S. João, vê o a direção executiva do SNS "extremamente esvaziado", apesar de "continuar a acreditar que é um órgão muito importante para despolitizar a saúde".

Fernando Araújo acusou ainda o Executivo de Luís Montenegro de ter politizado a Saúde e desistido do SNS. "A incapacidade que leva agora a optar por outras medidas, ligadas mais à área privada não são fruto de um planeamento que podia ser feito nem fruto de transparência. É fruto de uma incapacidade de resolver os problemas. O SNS está a ser abandonado", atirou, lembrando o "preconceito ideológico" que ainda existe dentro de alguns partidos "em relação ao SNS" e que "vamos pagar muito caro no futuro".

E é precisamente por sentir que há "um vazio", uma "enorme desorganização" na Saúde, que Fernando Araújo vai regressar à política ativa.

Fernando Araújo, que é o cabeça de lista do PS no círculo do Porto para as Legislativas de 18 de maio, é também o putativo ministro da Saúde caso os socialistas ganhem as eleições antecipadas.

"Eu estarei sempre onde for preciso do ponto de vista do SNS. Estarei sempre onde puder prestar o melhor serviço na defesa do SNS, isso posso garantir", concluiu.

Leia Também: Legislativas. Quem são os cabeças de lista da AD e do PS no seu distrito?

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