Em conferência de imprensa, a seguir ao Conselho de Ministros de hoje, o governante apresentou este programa, de mais de 10 mil milhões de euros, destinado às empresas de base exportadora em Portugal.
"Há medidas que irão ser colocadas no terreno entre maio e junho, mas quase todas elas no próximo trimestre", indicou.
O Governo lançou quatro medidas para o apoio rápido às empresas exportadoras, face às tarifas lançadas pelos EUA, que passam por linhas de crédito, seguros de crédito e a expansão de apoios à internacionalização.
Questionado sobre se o plano se mantém, mesmo com a pausa de 90 dias na aplicação das tarifas anunciada esta quarta-feira, o ministro assegurou que é "acelerado e reforçado" por este contexto, mas que corresponde a um "desenho de uma estratégia" que o Governo queria colocar no terreno.
Será, assim, "implementado independentemente" do que venha a acontecer nas negociações.
O ministro esteve, nos últimos dias, reunido com várias associações empresariais, para auscultar as suas opiniões e perceber o impacto das tarifas nas empresas.
Por isso, disse, "se o Governo é o pai deste programa, as associações empresariais são a mãe".
O Programa Reforçar irá contar com 10 mil milhões de euros, que passam pelo lançamento de linhas de crédito num montante total de 8,6 mil milhões de euros, através do Banco Português do Fomento (BPF).
Neste âmbito, estarão disponíveis mais de cinco mil milhões de euros na reprogramação e reforço das linhas BPF Invest EU para apoio em fundo de maneio e investimento, sendo agora criada a linha BPF Invest Export PT, com mais 3,5 mil milhões de euros.
Haverá ainda um reforço do 'plafond' em 1.200 milhões de euros dos seguros de crédito, sendo que passarão a cobrir não apenas os países emergentes, chegando também aos "mercados tradicionais".
O Governo pretende também a expansão de projetos de apoio à internacionalização, com o reforço de "programas coletivos" que permitem às empresas irem a mais feiras.
O ministro lembrou ainda programas de 2.640 milhões de euros que já estavam a decorrer e que serão "antecipados" para que as empresas possam deles beneficiar já nos próximos meses.
Segundo Pedro Reis, esta estratégia pretende que as empresas possam "responder e mitigar" o impacto das tarifas em Portugal e apoiar a procura de novos mercados para as exportadoras.
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