O actual administrador-delegado da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, bem como outros quadros superiores do grupo dono da cadeia de supermercados Pingo Doce, é suspeito de estar envolvido no pagamento de luvas e concessão de contrapartidas a políticos e a outros altos funcionários indica o Jornal de Notícias.
Alegadamente, o tráfico de influências prender-se-ia com o contornar de barreiras burocráticas na construção de supermercados e outros equipamentos em vários pontos do País.
No entanto, o processo relativo a Pedro Soares dos Santos, que chegou a ter o seu telefone sob escuta, foi arquivado, tendo seguido apenas para a acusação um processo que envolve a Câmara Municipal de Espinho e o então assessor da autarquia, José Mota.
Tudo indica que este responsável tenha embolsado uma quantia na ordem dos 300 mil euros por parte do administrador-delegado da Jerónimo Martins para ‘fechar os olhos’ à instalação de um supermercado numa zona de Reserva Agrícola e Reserva Ecológica Nacional.
Já os indícios sobre o envolvimento no caso de Pedro Soares dos Santos foram arquivados uma vez que, de acordo com o despacho da Procuradora do Ministério Público, “as actividades do responsável inseriram-se no âmbito do lobbying, que é admissível no contexto comercial e não constitui crime”.