José Sócrates enviou, esta segunda-feira, uma carta à RTP, em reação ao programa ‘Sexta às 9’, que dá conta dos negócios que abriram a investigação que levou a que fosse preso preventivamente.
“No primeiro ano vivi num apartamento arrendado. Depois, de entre setembro de 2012 e junho de 2013, vivi num apartamento que me foi emprestado pelo meu amigo Engº Santos Silva, que o comprou para restaurar, arrendar ou vender, que é a situação atual dele. Saí quando começaram as obras”, escreve o antigo primeiro-ministro.
Carlos Santos Silva é, tal como Sócrates, arguido na Operação Marquês e encontra-se preso preventivamente por suspeita dos crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
De acordo com a estação pública, o apartamento em questão está à venda há pouco mais de uma semana por quatro milhões de euros e encontra-se, no registo francês, em nome de Carlos Santos Silva.
Na missiva de duas páginas, o ex-governante prossegue: “No princípio deste ano, depois de uns meses a viver com a família em hotéis, arrendei outro apartamento que mantenho atualmente como minha residência em Paris”.
José Sócrates nega, ainda, que a mãe tenha vendido apartamentos acima do preço de mercado a Carlos Santos Silva.