As histórias de agressão entre o casal Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho não param. Desta vez, o Ministério Público acusa o antigo ministro da cultura de fotografar a apresentadora no banho e de ameaçar colocar as fotografias em sites pornográficos, refere o Jornal de Notícias.
As ameaças e discussões terão começado em 2010, acabando por culminar em agressões físicas. Segundo o Jornal de Notícias, o político tirou as fotografias a 5 de outubro de 2013, de manhã, na sequência de mais uma desavença.
“O arguido [Carrilho] entrou na casa de banho, onde a assistente [Bárbara] estava a tomar banho, nua e, observando-a disse-lhe ‘Estás velha. Já ninguém te quer’. Perante o pedido de Bárbara para que saísse da casa de banho, o arguido respondeu-lhe ‘Estás muito enganada, saio quando quiser’”, lê-se no documento.
Após a discussão, Carrilho terá ido buscar a máquina fotográfica e foi quando lhe disse: “Quem vai para os sites pornográficos és tu! Já foste apanhada”.
“Quando se preparava para sair da casa de banho foi agarrada pelo arguido, que lhe desferiu um pontapé no tornozelo e a entalou contra a porta, antes que ela conseguisse libertar.se, Como consequência direta e necessária deste comportamento do arguido, a assistente sofreu um ferimento no pé, que quase sangrou, e diversas nódoas negras e nos braços”, indica a acusação.
Mas há duas versões de cada história e Manuel Maria Carrilho também acusa a apresentadora de “maus tratos psicológicos, emocionais e sociais”. O antigo ministro da cultura acusa Bárbara de o ter impedido de entrar em casa e ver os filhos durante três semanas. E tal levou a que tivesse de recorrer a um psiquiatra por apresentar “um quadro de depressão reativa, irritabilidade com crises emocionais e perda de peso”.
Foi nesse sentido que surgiram duas queixas no tribunal, ambas por violência doméstica, e por isso mesmo, o juiz de instrução criminal decidiu que será tudo julgado num único processo. Ou seja, vão os dois a julgamento pelos mesmos crimes, pois cada um é ofendido e arguido em simultâneo, informa o i.
“Por uma questão de economia processual, os dois casos – iniciados com cada uma das queixas – são incorporados um no outro”, explica a advogada Rita Sassetti ao jornal i.