A partir de domingo ir às compras implica levar os seus próprios sacos, caso contrário terá de pagar 10 cêntimos por cada saco.
Assim, escreve o Diário Económico, a partir de domingo terá de pagar 10 cêntimos por cada saco de plástico, exceto se morar nos Açores ou na Madeira. Mas não são todos os sacos: apenas os de asas e com uma espessura igual ou inferior a 50 microns. Os sacos de plástico transparentes usados para colocar fruta ou legumes, por exemplo, escapam à nova legislação.
Esta medida, incluída na chamada Fiscalidade Verde, vai ajudar o Estado a encaixar cerca de 40 milhões de euros este ano, o que representa uma pequena parte dos 148 milhões que deverão entrar nos cofres do Estado graças à Fiscalidade Verde que, recorde-se, foi criada para compensar a descida das deduções em IRS.
Esta medida faz parte de uma série de orientações da Comissão Europeia que apontou 2025 como a data limite para aplicação das novas regras.
No entanto, Portugal não é o único a ‘entrar em campo’ mais cedo. Escreve o Diário Económico que a Irlanda foi o primeiro país a aderir à nova ‘moda’. A Itália, por seu lado, foi mais radical e proibiu todos os sacos de plástico, uma opção que deverá ser seguida pela França em breve.
Mas para contornar a legislação e arrecadar dinheiro, as grandes empresas de distribuição já têm um plano delineado. Apurou o Diário Económico que a ideia passa por disponibilizar sacos de plástico não leves, isto é, com espessura superior a 50 microns. Mas não se anime, irá pagar os 10 cêntimos à mesma, a diferença é que o dinheiro não irá para os cofres do Estado, mas sim para os das empresas.
“Se é para vender, então que seja um saco com um custo, de qualidade superior, mas que entra nas nossas vendas”, disse ao Económico fonte de um dos grandes operadores de distribuição.
As soluções apresentadas pelas grandes superfícies irão incidir sobre os já referidos sacos de plástico com espessura superior a 50 microns, mas também sobre sacos de papel ou de ráfia.
Nos hipermercados do grupo Os Mosqueteiros os sacos de plástico serão banidos, sendo substituídos por sacos de plástico mais grossos, sacos de papel e sacos reutilizáveis.
No Pingo Doce continuarão a existir, para já, os sacos de plástico normais, mas a aposta vai incidir em sacos de papel e de ráfia.
No Continente, a nova lei será cumprida à risca e serão disponibilizadas aos clientes “soluções que se enquadrem nesta preocupação com a preservação ambiental”.
No Jumbo será reforçada a oferta de sacos de papel e de ráfia, bem como no El Corte Inglés que vai apostar também nos ‘troleys’.
Por fim, fonte do Dia Minipreço apenas referiu ao Diário Económico que vai aplicar a taxa de 10 cêntimos aos sacos de plástico.
