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Em janeiro, faltaram sete milhões de embalagens de medicamentos

A maioria dos utentes já teve dificuldade de acesso a medicamentos na farmácia, onde só em janeiro de 2015 faltaram sete milhões de embalagens, revelou hoje a Associação Nacional das Farmácias (ANF).

Em janeiro, faltaram sete milhões de embalagens de medicamentos
Notícias ao Minuto

17:32 - 20/05/15 por Lusa

País Farmácia

Falando na Comissão Parlamentar de Saúde sobre "o momento atual" e o "futuro das farmácias", o presidente da ANF, Paulo Duarte, revelou que os cidadãos enfrentam "sérias dificuldades no acesso a medicamentos".

Entre agosto de 2013 e dezembro de 2014, faltaram cerca de cinco milhões de embalagens de medicamentos nas farmácias todos os meses.

O problema agravou-se nos primeiros três meses deste ano, atingindo valores superiores aos registados desde agosto de 2013: em janeiro faltaram sete milhões de medicamentos e em fevereiro e março faltaram perto de seis milhões.

Ao todo, durante o ano de 2014, foram reportados 57 milhões de embalagens em falta, por 78% das farmácias, referentes a 25,7% das apresentações de medicamentos.

Citando dados do Censo Nacional sobre Falhas no Acesso aos Medicamentos (CEFAR), referente a junho de 2014, "cerca de 61% dos utentes reportaram pelo menos um problema de acesso aos medicamentos no último ano", revela a ANF.

Falando da evolução do mercado financeiro, a ANF indica que entre 2010 e 2014 os medicamentos baixaram em valor 875,9 milhões de euros (-25,1%), embora destacando que em 2015 houve uma "ligeira variação positiva", de 23,1 milhões de euros (+3,5%), face ao período homólogo.

Quanto ao volume de medicamentos, entre 2010 e 2014 verificou-se uma redução de 7,6 milhões (-2,8%) de embalagens vendidas, embora verificando-se um aumento de 2 milhões de embalagens (+3%) em março de 2015, face o mesmo período do ando anterior.

A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos entre 2010 e 2014 baixou 30,1% (493,8 milhões de euros).

Em março de 2015 a redução foi de 0,6 milhões de euros (0,2%) comparativamente ao mesmo mês de 2014.

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