A Segurança Social emitiu em Março do ano passado um aviso para "encerramento administrativo e imediato do estabelecimento", situado na Vivenda São José, em Zambujal de Cima, tendo em maio verificado que tal tinha acontecido, refere uma nota do Instituto da Segurança Social enviada à agência Lusa na sequência de um pedido de esclarecimentos.
A nota explica também que, entretanto, a Segurança Social teve "conhecimento da reabertura daquele lar ilegal" e que, nessa altura, "recorrendo aos mecanismos previstos na lei, determinou em Dezembro novo encerramento administrativo e participou de imediato ao Ministério Público para abertura de processo-crime por desobediência".
De acordo com o aviso de Março de 2012, o estabelecimento estava a "funcionar com deficiências graves de instalação, segurança, funcionamento, salubridade, higiene e conforto, representando perigo potencial para os direitos dos utentes e a sua qualidade de vida".
A Lusa esteve hoje no local, onde foi recebida pela alegada proprietária do lar, uma mulher que se identificou apenas como Cândida.
A mulher, que se identificou como proprietária, garantiu à Lusa ter ali a viver quatro idosos, no que disse ser uma casa familiar e não um lar.
Cândida escusou-se a prestar mais esclarecimentos, mas acabou por contar que está naquela casa apenas há dois ou três meses e que nada tem que ver com a ordem de encerramento que foi dada à anterior proprietária.
De acordo com a GNR, um incêndio deflagrou hoje num dos quartos, onde estavam duas idosas, de uma "residência/lar de idosos", onde estariam pelo menos quatro utentes.
Uma das idosas está internada na Unidade de Queimados do Hospital de Santa Maria, com queimaduras do 2.º e 3.º grau.
O Instituto da Segurança Social realizou em 2012 2.608 acções de fiscalização a equipamentos sociais das quais 813 foram a lares de idosos. Destas, 83 resultaram em encerramentos.