Adalberto Campos Fernandes, que esteve hoje presente na assinatura dos contratos-programa para a construção de três unidades de saúde em Sintra, revelou que 19 jovens médicos especialistas em medicina geral e familiar vão integrar o quadro de médicos de família do concelho até ao final do primeiro semestre deste ano.
"Cobre-se, assim, metade do défice de cobertura de médicos de família no concelho de Sintra. Daqui a um ano vamos colocar os restantes 19 que faltam. Ou seja, no verão do ano que vem poderemos declarar Sintra como um concelho livre da ausência de médicos de família", afirmou o ministro.
A comunicação mereceu fortes aplausos de toda a plateia presente, sobretudo do presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, que minutos antes, na sua intervenção, tinha alertado, precisamente, para a necessidade de médicos de família no concelho.
Sintra vai ter quatro novos centros de saúde que, no total, vão implicar um investimento de 6,5 milhões de euros, sendo que o Governo disponibiliza-se a financiar três unidades em 5,6 milhões.
A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo irá investir na construção das novas unidades de cuidados de saúde de Agualva, Algueirão-Mem Martins, de Queluz, onde será também instalada uma unidade de pedopsiquiatria do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra).
Desse investimento, segundo consta dos contratos-programa, a Câmara de Sintra vai contribuir com 1,8 milhões de euros, além de executar a obra e ceder os terrenos e edifícios recuperados.
Além disso, a autarquia vai ainda financiar totalmente o Centro de Saúde na Estefânia, no valor de 875 mil euros.
As quatro novas unidades de saúde vão, no total, servir cerca de 135 mil pessoas.
A autarquia informou ainda que na segunda-feira vai ser lançado o concurso público para a construção do Centro de Saúde de Queluz (1,4 milhões de euros), cujas obras de construção deverão arrancar em setembro.
Basílio Horta disse hoje que "a parceria virtuosa" com o Governo traduziu-se na "chegada a bom porto" de uma "velha aspiração" da Câmara Municipal.
"Depois de um longo caminho, nem sempre fácil, chegámos hoje a bom porto. Sintra foi abandonada na Saúde. Depois de muito lutarmos, quase três anos, finalmente temos a concretização de uma velha aspiração", sustentou o autarca.
Já o ministro da Saúde afirmou que o investimento nos novos equipamentos "não são mais do que obrigação".
"Não estamos a fazer nada de especial. Estamos a fazer a nossa obrigação, com enorme sentido de responsabilidade. O tempo perdido está perdido e vamos é falar no que se está a fazer e para fazer", sublinhou.
Adalberto Campos Fernandes adiantou também que "seguramente, ainda este ano" haverá um "impulso significativo" na criação de novas unidades de saúde familiar em todo o país, sem precisar o número.