BES: Emigrantes lesados manifestam-se no sábado em Paris

A Associação Movimento dos Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP) organiza no sábado, em Paris, uma "manifestação pacífica" para denunciar a "ausência de solução" para os lesados do BES/Novo Banco e o "perigo atual" da banca portuguesa.

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Lusa
23/06/2016 13:54 ‧ 23/06/2016 por Lusa

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Em comunicado, a AMELP -- que diz reunir "mais de 400 associados" entre os trabalhadores emigrantes portugueses - convoca "todos os emigrantes enganados e amigos" para uma "manifestação pacífica", pelas 11:00, no bairro 'Opera' de Paris (9.° bairro), onde estão sediados os bancos portugueses em França.

Salientando que as "palavras de ordem" são "não mandar mais dinheiro para Portugal e para os bancos portugueses", a associação diz pretender "alertar os emigrantes portugueses" para a "ausência de solução para os emigrantes lesados do BES/Novo Banco, enquanto os lesados do papel comercial do GES [Grupo Espírito Santo] obtiveram uma solução nestes últimos dias".

Os manifestantes querem ainda denunciar "o perigo atual da banca portuguesa (recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, colapso do BES, Banif, BPP, BPN)" e "informar os candidatos à compra do Novo Banco que terão que pagar e contar com os emigrantes lesados do BES/Novo Banco".

A AMELP apresenta-se como uma "associação pacífica e sem fins lucrativos" que representa os emigrantes lesados do BES, atual Novo Banco, que subscreveram os produtos Poupança Plus, Euro Aforro, Top Renda e EG Premium.

Segundo sustenta, "esses produtos foram vendidos como depósitos a prazo, garantidos em capital e juros, a clientes emigrantes de retalho ao balcão do BES/Novo Banco".

Neste contexto, demarca-se da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) por defender "emigrantes que nunca compraram papel comercial, títulos de dívida de curto prazo emitidos pelo GES (e não pelo Grupo BES), mas sim depositaram dinheiro em aplicações do BES vendidas como depósitos a prazo garantidos em capital e juros".

"Os membros da AMELP não ambicionam nada mais que a justiça desta situação e o reembolso das suas poupanças, investidas e subscritas como meros depósitos a prazo aos balcões do BES", concluiu.

 

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