Menezes quer repovoar Porto com "50 mil habitantes numa década"

O candidato social-democrata à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, apresentou esta quarta-feira um plano para repovoar a cidade com "50 mil habitantes, numa década".

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Lusa
10/04/2013 20:03 ‧ 10/04/2013 por Lusa

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"O repovoamento já não se faz à moda de D. Sancho I. Não chega dar terras às pessoas para elas irem cultivar, embora as hortas urbanas sejam um factor interessante de desenvolvimento. Não é a parir daí que vamos repovoar a cidade", referiu.

O repovoamento exige "uma cidade chamativa", nomeadamente "do ponto de vista social".

O candidato acrescentou que "tem que ser atractivo viver no Porto", o que implica oferecer serviços de saúde e de transporte fiáveis e vantagens fiscais ao nível de "taxas municipais e de impostos como o IMI ou o IMT".

Menezes, que contou com o arquitecto Rui Massena para elaborar a sua estratégia, propõe " um supra plano, que se sobrepõe ao PDM, pegando no espaço público e dando-lhe um determinado tipo de coerência que promova o repovoamento da cidade".

O plano divide-se em "cinco grandes polos": Ambiente, Atlântico, Memória, Conhecimento/Saúde e Inovação.

O primeiro ocupa a "zona norte ocidental" e o seu "núcleo central" é o Parque da Cidade.

O polo Atlântico abrange "uma parte anda significativa da frente fluvial da cidade", junto à Foz, e a frente marítima.

A zona central tem dois polos: o da Memória, corresponde à zona histórica Porto" e à "cidade dos séculos XIX e XX", e do Conhecimento/Saúde, a norte, contemplando a zona onde estão concentrados diversos equipamentos de saúde e "uma parte central do polo universitário do Porto".

O pólo Inovação engloba toda a zona oriental.

Menezes disse que nas próximas semanas disse "serão apresentados, para cada um destes polos, medidas que visam a tal lógica do plano de repovoamento da cidade", mas hoje deu alguns exemplos.

O Bolhão terá um projecto próprio visando "dar dinamismo a um mercado tradicional" que hoje está muito degradado.

Menezes pretende revitalizar o Bolhão - um projecto caro a Rui Massena desde o tempo em que o socialista Fernando Gomes foi o presidente da Câmara -, criando ali "cerca de 500 lugares para comércio e serviços" e 250 lugares de estacionamento subterrâneo.

Massena afirmou que "é preciso despertar a cidade para o século XXI" e pensá-la de "uma forma global".

O plano apresentado hoje contempla, entre outros, projectos específicos para as Fontainhas, para os jardins do Palácio de Cristal e para uma "cidade residencial no centro histórico para estudantes estrangeiros que vivam no Porto" e que o candidato quer "que numa década sejam, no mínimo, 25 mil".

Estes projectos de "regeneração urbana" para os cinco polos são para "desenvolver ou por entidades públicas ou, muitos deles, por entidades privadas" e, segundo Menezes, atrairão população e actividades económicas e, portanto, criarão emprego e assim contribuirão para o repovoamento da cidade.

O candidato social-democrata, que também teve a seu lado o líder da Concelhia do PSD, Ricardo Almeida, disse ter "cerca de 80 projectos" que serão apresentados proximamente, "grandes parte deles financiados através do dinamismo do sector empresarial privado".

"Já estamos enfastiados com o facto de ninguém ter ideias e copiarem as nossas", afirmou ainda.

 

 

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