"A integração das comunidades portuguesas nas respetivas sociedades de acolhimento, quer na Europa, quer nas Américas e em África, mas sobretudo na Europa, é um caso exemplar que deveria ser estudado, num momento em que nós nos confrontamos tanto com problemas de integração e de relacionamento entre nacionais e estrangeiros por essa Europa fora", disse Augusto Santos Silva.
Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, à margem do 5º fórum anual dos Graduados Portugueses no Estrangeiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros frisou que os portugueses mostram, em países como França, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido ou Alemanha, "que se integram bem nas sociedades que os acolhem".
"Como não colocam nenhum problema à ordem constituída dessas sociedades, como contribuem para a economia dessas sociedades, sem ao mesmo tempo perderem nenhuma das ligações profundas que têm com Portugal. E, portanto, é um bom caso de estudo", afirmou o governante.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse, na mesma reunião, que os cientistas e investigadores portugueses no estrangeiro são embaixadores "particularmente qualificados" de Portugal no mundo e Augusto Santos Silva estendeu essa 'função' de embaixador aos emigrantes portugueses e lusodescendentes.
"Os 2,3 milhões de portugueses nascidos em Portugal que vivem hoje no estrangeiro são também todos eles embaixadores e bons embaixadores de Portugal, no sentido em que mostram com todo o seu trabalho, o seu esforço, o seu empenhamento, as melhores qualidades que os portugueses têm e os cinco milhões portugueses e lusodescendentes que vivem no estrangeiro também o fazem", sustentou.
"Nós temos muita gente lá fora que engrandece o nome de Portugal pela maneira empenhada como trabalha e como se integra nas sociedades de acolhimento", reforçou Santos Silva.