O Largo do Rato foi o ponto do cortejo onde mais pessoas se concentraram para o 'último adeus' a Mário Soares.
À passagem na sede nacional do Partido Socialista, muitas pessoas atiraram rosas para cima da urna.
Ao Largo do Rato, chegaram mesmo autocarros de vários pontos do país.
O cortejo foi recebido com palmas dos populares, que se intensificaram com a passagem da urna e dos veículos que transportavam a família de Mário Soares.
Além de "Soares é fixe", as pessoas gritaram também "PS, PS" com o punho cerrado no ar, "Soares, amigo, o povo está contigo".
Foi também ouvida a voz de Mário Soares, tirada de um discurso antigo, quando gritou "Viva o socialismo", ao que os presentes responderam: "Viva, viva".
Quando o cortejo deixou o Largo do Rato e seguiu em direção ao cemitério dos Prazeres, houve um momento de silêncio.
As pessoas começaram a chegar ao Largo do Rato por volta das 13:00, quando começou a cerimónia solene de homenagem ao antigo Presidente da República Mário Soares, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Quando a cerimónia solene começou eram cerca de meia centena aqueles que assistiam através do ecrã gigante colocado em frente ao edifício da sede do Partido Socialista e quando a cerimónia acabou, uma hora depois, já eram algumas centenas os populares, militantes e simpatizantes socialistas presentes para homenagear Mário Soares.
Os pontos altos da cerimónia solene foram a mensagem de vídeo do primeiro-ministro, António Costa, e a intervenção do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que foram aplaudidos no Largo do Rato.
Além de rosas amarelas, símbolo de saudade e amizade, muitos populares levaram também cravos vermelhos, rosas vermelhas, rosas brancas, a bandeira nacional e as bandeiras do Partido Socialista.
No local, estavam também vários deputados, autarcas e dirigentes socialistas, bem como o presidente Carlos César, a secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes, um dos fundadores do partido, Edmundo Pedro, os eurodeputados Ana Gomes e Francisco Assis, e a antiga presidente Maria de Belém.
Os populares aguardaram a passagem do cortejo fúnebre do antigo chefe de Estado Mário Soares, que chegou pelas 15:40, ao Largo do Rato.
Apesar de a urna já ter passado pelo Largo do Rato, mais de uma centena de pessoas permanecem ainda no local a assistir ao resto da cerimónia fúnebre, através do ecrã gigante.
Mário Soares morreu no sábado, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.
O Governo português decretou três dias de luto nacional, até quarta-feira.