A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e o INEM celebram, esta terça-feira, um protocolo de colaboração no sentido de agilizar a assistência a vítimas de crime. Em causa estão não só vítimas de violência doméstica como de tentativas de homicídio, tráfico de seres humanos e abuso sexual, entre outros.
Trata-se, segundo explicou Bruno Brito ao Notícias ao Minuto, da formalização de uma prática que tem já vindo a ser aplicada. Quando o INEM é chamado para uma situação de emergência médica, e percebendo que esta decorre de um crime, é dada à vítima informação sobre a APAV e o apoio que esta pode prestar.
Nos casos em que há consentimento por parte da vítima, os técnicos do INEM agilizam o contacto com a instituição, que oferece proteção e apoio psicológico. A prestação deste serviço é “gratuita e confidencial”, como fez questão de frisar Bruno Brito, psicólogo e gestor de redes de apoio na APAV. Uma colaboração semelhante é já mantida com instituições como a Polícia Judiciária, o Instituto de Medicina Legal, a PSP e a GNR.
O crime que mais pedidos de ajuda motiva é, segundo o técnico da APAV, a violência doméstica. Na maioria dos casos, quando esta possibilidade de apoio é dada a conhecer às vítimas, “a recetividade é total”.
A par da agilização do contacto entre vítima e instituição de apoio, o protocolo reveste-se ainda de uma componente de formação. O que existe, na prática, é uma partilha de informação entre técnicos do INEM e técnicos da APAV.
A cerimónia de assinatura do protocolo de colaboração acontece esta terça-feira, às 16 horas, na sede da APAV, em Lisboa. A associação tem 15 gabinetes espalhados por vários distritos de Portugal e está presente em todo o país através da linha de apoio 116 006 (as chamadas são gratuitas e podem ser feitas entre as 9 horas e as 19 horas dos dias úteis).