"Até à data, o Governo ainda não aplicou nenhuma medida de apoio à sustentabilidade da atividade ou de acordo com resolução nº80/2013", justifica a associação.
Lembrando sucessivas manifestações, desde 2013, para chamar a atenção para as dificuldades do setor, bem como reuniões com dois secretários de Estado do Comércio e dos Assuntos Fiscais, a associação diz não haver ainda "resultados práticos, que contribuam objetivamente para a sustentabilidade dos carrosséis".
"Neste alinhamento, os empresários de diversão não têm condições para estar presentes na Feira de Março 2017", anuncia.
Sobre a pretensão de alguns associados para que a Câmara de Aveiro conceda um desconto sobre os espaços a atribuir, a direção considera que os empresários não devem comparecer na Feira de Março, a primeira do género no calendário é uma das mais antigas do país.
"Mesmo que Ribau Esteves (presidente da Câmara de Aveiro)o conceda, pelo interesse público, costume e tradição da Feira de Março, este não é suficiente, pois os empresários não conseguem cumprir com os elevados impostos fiscais e encargos sociais de domicílio fiscal itinerante", explica um comunicado da APED.
Segundo o secretário dirigentes associativos, "não se trata de uma ameaça ou chantagem", mas de uma situação para que têm vindo, desde há quatro anos a alertar.
" Pedimos os direitos de nossos concorrentes europeus. O anterior Governo ignorou-o e este ainda aguardamos", refere o comunicado, concluindo que se os proprietários de carrosséis não vierem a comparecer todos perdem: "perde Aveiro, perde a Feira de Março, perde a Cultura, e a tradição da diversão saudável".
Confrontado pela Lusa com a posição dos empresários, que numa das anteriores edições protagonizaram um protesto em Aveiro marcado por distúrbios, o presidente da Câmara disse não se querer alongar em comentários.
"O processo desta vez é mais complexo porque envolve questões com o governo. Neste momento apenas posso dizer que estamos num processo de diálogo ao mais alto nível", disse.