Donos dos carrosséis avisam que podem não ir à Feira de Março

A Associação Portuguesa de Empresas de Diversão Itinerantes admitiu hoje a ausência de carrosséis na Feira de Março, em Aveiro, por falta de apoio ao setor.

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Lusa
27/01/2017 16:48 ‧ 27/01/2017 por Lusa

País

Aveiro

"Até à data, o Governo ainda não aplicou nenhuma medida de apoio à sustentabilidade da atividade ou de acordo com resolução nº80/2013", justifica a associação.

Lembrando sucessivas manifestações, desde 2013, para chamar a atenção para as dificuldades do setor, bem como reuniões com dois secretários de Estado do Comércio e dos Assuntos Fiscais, a associação diz não haver ainda "resultados práticos, que contribuam objetivamente para a sustentabilidade dos carrosséis".

"Neste alinhamento,  os empresários de diversão não têm condições para estar presentes na Feira de Março 2017", anuncia.

Sobre a pretensão de alguns associados para que a Câmara de Aveiro conceda um desconto sobre os espaços a atribuir, a direção considera que os empresários não devem comparecer na Feira de Março, a primeira do género no calendário é uma das mais antigas do país.

"Mesmo que Ribau Esteves (presidente da Câmara de Aveiro)o conceda, pelo interesse público, costume e tradição da Feira de Março, este não é suficiente, pois os empresários não conseguem cumprir com os elevados impostos fiscais e encargos sociais de domicílio fiscal itinerante", explica um comunicado da APED.

Segundo o secretário dirigentes associativos, "não se trata de uma ameaça ou chantagem", mas de uma situação para que têm vindo, desde há quatro anos a alertar.

" Pedimos os direitos de nossos concorrentes europeus. O anterior Governo ignorou-o e este ainda aguardamos", refere o comunicado, concluindo que se os proprietários de carrosséis não vierem a comparecer todos perdem: "perde Aveiro, perde a Feira de Março, perde a Cultura, e a tradição da diversão saudável".

Confrontado pela Lusa com a posição dos empresários, que numa das anteriores edições protagonizaram um protesto em Aveiro marcado por distúrbios, o presidente da Câmara disse não se querer alongar em comentários.

"O processo desta vez é mais complexo porque envolve questões com o governo. Neste momento apenas posso dizer que estamos num processo de diálogo ao mais alto nível", disse.

 

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