Durante o encontro, os dirigentes dos sete países vão procurar concertar posições sobre o futuro da União Europeia (UE), no contexto da saída do Reino Unido, focando-se nos temas das migrações, segurança e defesa e a união económica e monetária.
O anfitrião, António Costa, foi o primeiro a chegar, pelas 10:35, ao CCB, onde decorre a cimeira, aguardando os restantes dignitários.
Poucos minutos depois, chegou ao local o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
Seguiram-se Joseph Muscat, primeiro-ministro de Malta - país que exerce a presidência do Conselho da UE neste semestre -; o Presidente francês, François Hollande; o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras; o chefe do Governo de Itália, Paolo Gentiloni e, por fim, o Presidente do Chipre, Nikos Anastasiades.
Nenhum dos dirigentes prestou declarações à entrada.
À margem da cimeira, o primeiro-ministro português reuniu-se, na sexta-feira à noite, com o seu homólogo de Malta, e, já hoje de manhã, com o novo líder do executivo italiano.
O Governo português pretende preparar as próximas cimeiras informais, previstas para o próximo dia 03 na capital maltesa, La Valletta, e para Roma, a 24 e 25 de março, ocasião que culmina o roteiro traçado em setembro passado em Bratislava, assinalando o 60.º aniversário da assinatura dos tratados fundadores da construção europeia.
A cimeira de Bratislava, em setembro de 2016, traçou um roteiro para refletir sobre o futuro da UE, que pela primeira vez vai perder um Estado-membro - o Reino Unido, que deverá acionar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa até ao final de março, desencadeando assim o processo de saída do bloco comunitário.
Os dirigentes europeus estabeleceram, então, um prazo de seis meses para dar um novo fôlego à União Europeia, impulsionado por França e pela Alemanha, desejosas de mostrarem a sua união para ultrapassar o 'Brexit'.
As prioridades incluem a proteção das fronteiras exteriores, a luta contra o terrorismo e o relançamento da defesa europeia.
Esta é a segunda cimeira deste grupo de países, mas a primeira em que participam todos os dirigentes, já que na primeira reunião, em setembro em Atenas, o chefe do executivo espanhol não participou por estar em governo de gestão.
Segundo fonte do gabinete do primeiro-ministro, o objetivo não é constituir "um clube à parte", mas procurar uma "concertação de posições" entre países que partilham "uma perspetiva comum sobre vários temas da agenda europeia".
Também fora desta reunião, o Presidente francês encontrou-se, esta manhã, com o primeiro-ministro grego.