Os funcionários do turno da manhã paralisaram nas duas últimas horas de trabalho (das 14h00 às 16h00) e os do turno da tarde pararam nas duas primeiras (entre as 16h00 e as 18h00).
Ao início da tarde os trabalhadores em greve concentraram-se junto à sede da empresa onde decorreu uma reunião entre a administração e os representantes sindicais dos trabalhadores.
"Esta paralisação teve como objetivo exigir o aumento dos salários, que há mais de sete anos não são atualizados, bem como o cumprimento dos direitos consagrados no Acordo de Empresa (AE), que a administração pretende pôr em causa", disse à agência Lusa Navalha Garcia, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras (SITE).
Segundo o sindicalista, a administração da empresa quer fazer "uma revisão global do AE e instituir piores condições de trabalho, sem propor qualquer aumento salarial".
No entanto, na reunião de hoje, a administração da INCM comprometeu-se a pedir à tutela um regime de exceção para poder negociar aumentos salariais com os trabalhadores, disse Navalha Garcia.
Os trabalhadores vão reunir-se em plenário no dia 24 de fevereiro e vão repetir a greve parcial e a concentração no dia 7 de março, data em se realiza a próxima reunião negocial.
"A greve parcial e a concentração junto à empresa vão repetir-se sempre que se realize uma reunião negocial, sem que a administração da empresa tenha apresentado uma proposta de aumentos salariais", afirmou o sindicalista.
A INCM é uma empresa do Setor Empresarial do Estado e tem 653 trabalhadores.