O Ministério Público está a tentar determinar se há matéria suficiente para abrir um inquérito ao ocorrido nas apostas no jogo Placard relativas à partida de futebol entre Feirense e Rio Ave.
O Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos terá inclusive estabelecido contactos com outros reguladores europeus, que alertaram para a situação.
Em causa está a suspensão de apostas no Placard referentes à partida entre o Feirense-Rio Ave, depois de ter sido registado um volume atípico de apostadores.
O jogo da I Liga de futebol terminou com o Feirense a vencer por 2-1, tendo sido alvo de um grande número de apostas e movimentação de valores elevados.
Poderão estar em causa apostas no valor de 50 mil euros em território nacional e uma alegada aposta de 100 mil euros de um apostador proveniente da China.
Terá sido um risco financeiro a motivar o regulador a alertar o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que em resposta suspendeu as apostas.
Um caso pontual?
Este procedimento está previsto no regulamento do Placard quando “os prémios a pagar forem superiores aos montantes totais apostados para a totalidade dos prognósticos referentes àquele tipo de aposta”.
Ora, o CDS-PP quer saber se na origem desta suspensão está um "caso pontual" ou se obrigará a reforçar o processo legislativo em curso no Parlamento, tendo pedido em Assembleia da República a audição do diretor do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos.
"É fundamental que não se generalize a ideia de que este tipo de práticas é comum e que o desporto vai ter de conviver com elas [...] Há um processo legislativo em curso para punir práticas irregulares associadas a este tipo de acontecimento", explicou João Almeida.
Assembleia da República a discutir na especialidade três projetos de lei (do PS, do PSD e do CDS) para reforçar o combate à corrupção desportiva.