A Brisa e a Câmara Municipal de Oeiras chegaram a acordo para obras de ampliação e remodelação em alguns troços da Autoestrada 5 que liga Lisboa a Cascais.
A revelação foi feita ao Notícias ao Minuto pelo diretor do Departamento de Urbanismo da autarquia oeirense, Luís Batista Fernandes.
“Pela primeira vez propuseram [responsáveis da Brisa] soluções que se enquadram com as nossas posições”, começou por dizer o arquiteto responsável para depois explicar quais serão as intervenções que terão lugar um pouco por todo o concelho de Oeiras.
“Acolhida de imediato” pela Brisa foi a iniciativa que incide na saída da A5 para a CRIL, logo a seguir ao nó de Linda-a-Velha, no sentido Cascais-Lisboa.
“A saída vai passar a ter duas faixas, o que facilita imenso a vida dos condutores”, disse Luís Batista Fernandes, que descreveu o estado do trânsito naquele troço como sendo “caótico”.
Alvo de intervenção será também o nó de Linda-a-Velha, mais uma vez no que à saída da A5 diz respeito. Atualmente, quem segue na A5, no sentido Cascais-Lisboa e quer sair para Linda-a-Velha/Carnaxide só tem uma faixa para poder fazê-lo. Chegando ao final desta mesma faixa é possível virar à direita para ir para Linda-a-Velha ou virar à esquerda para seguir para Carnaxide. Porém, o aumento do fluxo do trânsito obriga os condutores que querem seguir para Linda-a-Velha a circularem pela berma, pois boa parte da via está ocupada pelos carros que vão em direção a Carnaxide.
Com as obras de “melhoramento” deste troço, que passará a ter também duas vias, “acabou-se a berma”.
“É um pequeno melhoramento, mas mostra boa-vontade [por parte da Brisa]”, afirma o responsável do Departamento de Urbanismo da Câmara de Oeiras.
Por fim, uma das intervenções mais desejadas pela autarquia foi também aprovada, tendo até sido apresentada uma solução “imaginativa e complexa, mas muito interessante”.
Luís Batista Fernandes refere-se a uma via com ligação direta à praça de portagens da A5 em Oeiras. Isto porque só existe uma entrada para a autoestrada no concelho de Oeiras, seja em direção a Lisboa ou em direção a Cascais. A solução, cujos pormenores não foram adiantados, irá desobstruir as vias municipais, pois o trânsito irá fluir com maior facilidade, evitando-se, assim, as longas filas de espera que já se fazem sentir nas horas de ponta, especialmente na via que liga o Taguspark à praça de portagens.
“De todas a reuniões esta foi a que deu um salto qualitativo. Fiquei satisfeito”, rematou o arquiteto responsável, acrescentando que estas iniciativas estão ainda em fase de projeto, não havendo por isso datas a apontar para o arranque das obras.