Provas de aferição. "Diz que é uma espécie de exames", critica Fenprof

A Federação Nacional de Professores destina, esta terça-feira, várias críticas à forma como as provas de aferição do 2.º ano do 1.º ciclo do Ensino Básico estão a ser levadas a cabo.

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Patrícia Martins Carvalho
02/05/2017 11:11 ‧ 02/05/2017 por Patrícia Martins Carvalho

País

Educação

Arrancam hoje as provas de aferição do 2.º ano do 1.º ciclo do Ensino Básico. Até ao próximo dia 9 serão realizadas aquelas que se incluem nas áreas das Expressões, sendo que a 19 é realizada a prova de Português e a 21 a de Matemática.

Embora a Fenprof “reconheça a importância de aferir o sistema educativo”, ao olhar para a “forma como todo o processo está a ser preparado, a ideia que fica é a que acabaram os exames do 4º ano, mas foi criada uma espécie de exames para os alunos do 2º ano”.

Face ao exposto, o sindicato do setor educativo critica o que considera ser um “exagero de recursos humanos” que garante ser algo que está “bem patente no número de professores implicados”, o que “retira a todo este processo a naturalidade que deveria ter”.

Em comunicado enviado às redações é ainda criticada a “utilização de materiais, equipamentos e espaços que não existem nas escolas para desenvolvimento do currículo, o que reforça o carácter artificial do processo”.

Nesta senda, a Fenprof critica também o facto de o funcionamento das escolas ter sido alterado para a realização dos exames, uma vez que “milhares de alunos não implicados nas provas ficarão sem aulas durante três ou quatro dias” e as salas ficarão sobrelotadas para ‘albergar’ estes mesmos alunos.

O descontentamento é ainda maior quando se verifica que “há alunos que têm de se deslocar para uma escola diferente da sua, a fim de realizarem as provas, sendo os pais obrigados a pagar a deslocação”, já para não falar na “sobrecarga, ainda maior, dos horários de trabalho de docentes implicados neste processo” que têm de acompanhar a realização dos exames sem que a restante atividade sofra qualquer alteração.

Nestes casos, a Fenprof considera que, aos professores, deverá ser “pago como serviço extraordinário todo o que acrescer à atividade já programada. Nesse sentido, os sindicatos da Fenprof disponibilizarão minutas aos seus associados para que requeiram, na respetiva escola, esse pagamento”, lê-se também no comunicado.

Em jeito de conclusão, é criticada toda a “encenação” que envolve a realização destas provas que deveriam, no entender da Fenprof, “decorrer da forma mais natural possível”.

“Espera a Fenprof que, o que se passar este ano, sirva, essencialmente, para o Ministério da Educação identificar os erros que estão a ser cometidos e, assumindo as suas responsabilidades, desde logo, apetreche as escolas dos recursos que lhes são devidos ao longo de todo o ano e, simultaneamente, corrija os procedimentos que estão a ser adotados”, remata a nota enviada aos órgãos de comunicação social.

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