De acordo com o chefe do Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte, o furto de armamento militar de Tancos poderá ter tido a cumplicidade de algum colaborador da base. Esta não é uma conclusão oficial dada pelo responsável, em entrevista à RTP, mas antes uma intuição pessoal.
“Sou levado a essa conclusão pessoalmente”, indicou, referindo-se aos factos, mas relegando todas as averiguações oficiais para a Polícia Judiciária militar.
“Entre 20 paióis que existem naquela área (…) eles vão escolher dois paióis que têm o material mais sensível. Temos que tirar algumas conclusões que para já podem ser prematuras mas quando se escolhem dois paióis num lote de 20 que por acaso não são os mais próximos do sítio de entrada, temos que tirar conclusões… que houve nitidamente conhecimento do que é que constava nesses paióis”, afiançou.
Recorde-se que o furto de armas de guerra, ocorrido na passada quarta-feira, em Tancos, resultou na demissão de cinco comandantes de unidades do ramo para que não existam entraves nas investigações.
No furto aos paióis de Tancos foram levados: 44 lança-granadas, 4 engenhos prontos a detonar, 120 granadas e 1500 munições de 9mm.