Cerca de 213 bebés irão nascer no dia 1 de janeiro em Portugal, de acordo com uma estimativa da UNICEF. São esperados 385.793 nascimentos em todo o mundo no primeiro dia de 2018.
Será, provavelmente, na pequena ilha de Kiribati, no Pacífico, que nascerá o primeiro bebé de 2018; e o último nascerá nos EUA.
Globalmente, mais de metade destes nascimentos irá ocorrer em nove países, sendo que quase 70 mil (69.070 mais exatamente) destes bebés vão nascer na Índia. Segue-se a China, onde se esperam 44,760 nascimentos. São esperados 20.210 nascimentos na Nigéria, seguindo-se o Paquistão e a Indonésia com 14.910 e 13.370 bebés, respetivamente.
Nos Estados Unidos vão nascer, neste primeiro dia do ano, 11.280 crianças. A estimativa da UNICEF dá conta ainda de 9.400 nascimentos na República do Congo, 9.020 na Etiópia e 8.370 no Bangladesh.
Pranjali, Índia (2017)© UNICEF
Nascimentos são sempre boas notícias, contudo, e apesar de a maioria dos bebés sobreviver e prosperar, muitos não irão viver para além do primeiro dia. Em 2016, refere a UNICEF em comunicado, um total estimado de 2.600 crianças morreu nas primeiras 24 horas de vida.
Para quase 2 milhões de recém-nascidos, a sua primeira semana de vida foi também a última. Globalmente, 2,6 milhões de crianças morreram durante o primeiro mês após o nascimento. Mais de 80% destas mortes de recém-nascidos ocorreram devido a causas preveníveis ou tratáveis, como nascimento prematuro, complicações durante o parto e infeções como septicémia e pneumonia.
Progressos na sobrevivência infantil mas lentidão no caso dos recém-nascidos
“A resolução de Ano Novo da UNICEF é ajudar todas as crianças a viverem mais do que uma hora, mais do que um dia, mais do que um mês – mais do que mera sobrevivência,” afirmou Beatriz Imperatori, diretora executiva da UNICEF Portugal, apelando a todos os governos e aos nossos parceiros que “se juntem a esta luta para salvar as vidas de milhões de crianças”.
Paquistão (2016)© UNICEF
Salientando que nas últimas duas décadas o mundo assistiu a progressos sem precedentes em matéria de sobrevivência infantil, tendo-se reduzido para metade o número de crianças que morrem antes do seu quinto aniversário em todo o mundo para 5,6 milhões em 2016, a UNICEF lembra que o progresso para os recém-nascidos tem sido “mais lento”. “Os bebés que morrem no primeiro mês representam 46% de todas as mortes entre crianças com menos de cinco anos”.
Neste sentido, em fevereiro a UNICEF vai lançar a campanha global ‘Every Child Alive’ para conseguir levar soluções de saúde de qualidade e financeiramente acessíveis a todas as mães e recém-nascidos. Estas incluem o fornecimento estável de água limpa e eletricidade a unidades de saúde, a presença de pessoal de saúde qualificado durante o nascimento, a desinfeção do cordão umbilical, o aleitamento materno na primeira hora após o nascimento e contacto pele a pele entre a mãe e filho.
É que no mesmo mundo habitam mundos muito díspares. Por exemplo: Uma criança nascida em Portugal em janeiro de 2018 viverá provavelmente até ao ano 2100, enquanto que uma criança nascida na Somália terá uma esperança média de vida de apenas 57 anos. “Infelizmente, essa será a realidade para perto de metade das crianças nascidas este ano”, disse Beatriz Imperatori.