Espião? "Para mim, era de facto um homem de negócios russo"

O ex-agente do SIS falou à TVI sobre o caso que o levou a ser condenado na justiça.

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© Filipe Amorim / Global Imagens

Notícias Ao Minuto
09/02/2018 15:34 ‧ 09/02/2018 por Notícias Ao Minuto

País

Carvalhão Gil

Frederico Carvalhão Gil, ex-funcionário do SIS, que foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão por espionagem e corrupção passiva. Depois da sentença, em declarações à TVI, fala em ilegalidades na condenação e dos seus negócios de azeite.

O ex-agente assegura que desconhecia que se tratava de um espião russo. “Conheci-o em Lisboa. Ele estava cá a passar férias, acidentalmente entrámos em contacto, aliás fui eu que tive a iniciativa e pronto depois saiu dali uma amizade. (…) Foi ali num café ao pé do rio Tejo. Já não sei quem é que se sentou primeiro, se fui eu ou o grupo onde ele estava. Ouvi falar russo e (…) começou ali a conversa e depois evoluiu”, disse.

Para mim, era de facto um homem de negócios russo, um empresário, que eu conheci acidentalmente e com o qual encontrei uma oportunidade de negócio. Aliás, se eu, em algum momento, tivesse suspeitado que as intenções dele fossem outras, obviamente, que tinha comunicado imediatamente ao meu serviço”, acrescenta o ex-agente do SIS.

Em relação aos documentos que estavam consigo, Carvalhão Gil admite que se tratavam de documentos classificados, mas que não havia qualquer segredo de justiça em causa.

“Segredo de Estado, não. De facto tinha um documento classificado dentro de um livro e que estava na mochila. Enfim, um descuido meu”, assegurou.

O dinheiro que tinha na sua posse seria dos negócios de azeite que tinha feito. “Eu comprometi-me, numa situação anterior, a adquirir azeite em Portugal e depois lho fazer chegar. Eu queria apenas vender azeite a um homem de negócios”, frisou.

Carvalhão Silva refere ainda que “a juíza foi capaz de julgar com matéria que assume que é segredo de Estado, matéria que hoje [quinta-feira] nos disse ali que nunca viu, como é possível? E portanto, eu não sei como é que se consegue fazer um julgamento assim, violando a lei”, atira o ex-agente do SIS.

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