O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, apresentou na sexta-feira, durante uma reunião com autarcas das comunidades intermunicipais (CIM) de Viseu e de Coimbra e do Conselho Regional do Centro, como solução para a ligação entre Viseu e Coimbra, a requalificação do atual IP3, tornando-o a numa via com perfil de autoestrada, em cerca de 85% do trajeto, com um extensão total de cerca de 73 quilómetros.
A intervenção, que implica um investimento de cerca de 134 milhões de euros, não prevê a duplicação da via na zona da 'Livraria do Mondego', em Penacova, nem nas pontes sobre a albufeira da barragem da Agueira.
"Considerando a disponibilidade financeira do Estado português" esta solução, dotando o IP3 com perfil de autoestrada e sem portagens, é "um avanço, é positiva", sustentou o presidente da Câmara de Coimbra, o socialista Manuel Machado, considerando que "outras alternativas não tinham exequibilidade em prazo razoável", tanto mais no caso de empreendimentos que não podem dispor de qualquer apoio comunitário.
"Esta ligação [entre Coimbra e Viseu] é estratégica para toda a região Centro", sublinhou Manuel Machado. "Basta de nos andarmos a entreter, durante mais uns anos, com estudos sobre vias dos duques" e outras alternativas.
Isso não significa, no entanto, que não se deixe de "ponderar a continuação da A13 (Tomar-Coimbra] até Rojão Grande [Santa Comba Dão] ou outra zona" da área de Viseu, servindo "municípios do interior" e potenciando esta autoestrada que, "tal como está hoje não tem grande préstimo".
Embora não se possa aceitar "um IP3 com constrangimentos como aqueles que se admitem junto à Livraria do Mondego e Agueira, desde logo perigosíssimos em termos de fluidez de tráfego", que avance a duplicação do IP3, mas sem que ela implique ignorar "a construção, inteira, a partir da A13, de uma autoestrada Coimbra-Viseu", salientou, também na reunião de hoje da Assembleia Municipal, o monárquico António Cabral de Oliveira, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT.
No mesmo sentido foram feitas outras intervenções por membros das diferentes bancadas da Assembleia Municipal de Coimbra, que é formada por eleitos dos movimentos Somos Coimbra (SC) e Cidadãos por Coimbra (CpC) e da CDU, para além da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT e do PS, que tem maioria relativa.