Buscas no PSD: "Investigação é anterior à eleição de Rui Rio"

O secretário-geral do Partido Social-Democrata fez, esta quarta-feira, uma comunicação pública a propósito das buscas levadas a cabo pela Polícia Judiciária.

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© Facebook / José Silvano

Patrícia Martins Carvalho
27/06/2018 12:38 ‧ 27/06/2018 por Patrícia Martins Carvalho

Política

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José Silvano confirmou, ao final da manhã de hoje, a realização de buscas pela Polícia Judiciária à sede nacional do PSD e explicou o porquê. “Abrangem a sede nacional porque é lá que nesta altura, depois de aprovadas as contas em conselho nacional, se consolidam todas as contas das estruturas partidárias, as contas das campanhas”, referiu.

Aos jornalistas, o secretário-geral do PSD sublinhou que “a investigação que está em curso é sobre factos anteriores à eleição deste líder e desta direção”, recordando ainda que a atual direção assumiu “publicamente três princípios”, um dos quais o “combate à corrupção, ao compadrio e à falta de transparência na vida política”, razão pela qual foram “disponibilizados [às autoridades] todos só documentos pedidos e espaços para a sua consulta e sem restrições”, ao mesmo tempo que foi demonstrada “disponibilidade para colaborar com a procura da verdade”.

“Nada justifica comportamentos lesivos do interesse público”, atirou, defendendo que os “portugueses têm o direito a saber a verdade”.

Questionado sobre a alegada ligação de Carlos Eduardo Reis, conselheiro de Rui Rio, aos crimes que deram origem à investigação, José Silvano garantiu que, em caso de necessidade, serão tomadas medidas, mas apenas no momento certo.

“Isto é como um saco de batatas: se houver uma batata podre contamina todas as outras. Quer Rui Rio, quer eu próprio, não temos medo de nada disto. Se houver qualquer facto que leva à falta de confiança no partido seremos os primeiros a tomar medidas. Mas primeiro deixem correr a investigação”, rematou, garantindo não ser do seu conhecimentos quais os crimes e os envolvidos em causa.

A Procuradoria Geral Distrital de Lisboa confirmou, ao final da manhã, que decorrem buscas em instalações partidárias (do PS e do PSD), assim como em autarquias, escritórios de advogados, e não só, em várias zonas do país.

Em causa estão suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influências, participação económica e financiamento proibido.  

Fonte do PSD disse à Lusa que, além da sede nacional, também estão a ser realizadas buscas na distrital de Lisboa e nas juntas de freguesia de Santo António, Estrela e Areeiro.

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