“Este Orçamento é um marco histórico para Portugal”. Quem o disse foi Mário Centeno, esta manhã, durante a apresentação da proposta para aquele que será o Orçamento do próximo ano.
Depois da apresentação pública do documento, António Leitão Amaro lamentou que o Orçamento não tenha “ambição” e que seja pensado no “curto-prazo” e não no “médio e longo-prazo”.
“Nós já vimos isto em 2009 e em 1999”, começou por dizer o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, congratulando-se com o facto de o PS ser “favorável a que não se tenha regressado ao descontrolo das contas públicas e que não se tenha invertido uma recuperação do défice cujo maior esforço foi feito entre 2011 e 2015”.
No entanto, tudo o resto é visto com maus olhos por António Leitão Amaro que diz que os sociais-democratas “não podem ficar satisfeitos” com o facto de não se estar a aproveitar para “fazer mais na redução da dívida”.
“É pena que não se aproveita para fazer Portugal crescer”, apontou o deputado, criticando o facto de Portugal ter um dos “piores crescimentos da Europa, a economia a abrandar, as exportações a abrandarem e a criação de emprego a abrandar e muito”.
“Os sinais são de grande preocupação. Este exercício orçamental lembra 2009 pelo eleitoralismo que não cuida do futuro, que não nos prepara para situações de adversidade. Lembra 2009 até pela forma pouco competente como foi apresentado”, atirou.
Para o social-democrata, o Governo “não faz um Orçamento de acordo com uma ambição muito maior que devia ter” e “não há dúvidas de que o Governo escolheu satisfazer [os portugueses] no curto-prazo a pensar nas eleições”.
“A natureza do PS está a ser evidente: esquece o longo-prazo”, acusou.
Quanto àquele que será o sentido de voto do PSD aquando da aprovação do OE2019 na Assembleia da República, Leitão Amaro disse que ainda é cedo para ter uma decisão que deverá ser tomada no “órgão próprio do partido”, lembrando que ainda falta discutir na especialidade os vários pontos do documento.