"Eu acho que todos partilhamos o apelo do senhor Presidente da República de que é essencial participar nestas eleições, este é mesmo o único momento onde somos todos iguais no exercício do poder", afirmou o chefe de Governo, falando aos jornalistas depois de votar numa escola da freguesia de Benfica, em Lisboa.
No momento da votação, o poder de cada cidadão "é exatamente o mesmo, e essa é grande qualidade da democracia, é aquele momento em que cada cidadão é igual no exercício dos seus direitos", advogou o primeiro-ministro.
"E não devemos desaproveitar essa oportunidade. Portugal é, há muitos anos, membro da União Europeia, temos todos o dever, o direito e a ambição de participar na construção da Europa e de dizer também, na Europa, o que é que nós queremos para o futuro da união em que participamos", destacou.
Na ótica de Costa, é este o momento para os portugueses escolherem quem querem que os represente na União Europeia e, por isso, pediu que "as pessoas participem o mais possível".
"Muitas das coisas da nossa vida, hoje em dia, são decididas pelos órgãos da União e os órgãos da União não são nomeados por ninguém que não sejam os cidadãos", salientou.
António Costa notou também que nestas eleições para o Parlamento Europeu foram tomadas "medidas importantes" para alargar ao máximo a possibilidade de participação, destacando o recenseamento automático dos portugueses que vivem no estrangeiro, os boletins de voto em braile e o voto antecipado em mobilidade.
O chefe de Governo e secretário-geral do PS exerceu hoje o direito de voto na escola básica Jorge Barradas, onde também foi abordado por alguns cidadãos que lhe deram as boas vindas a Benfica, freguesia para onde se mudou recentemente.
O primeiro-ministro chegou acompanhado pela esposa e esperou alguns segundos na fila para a secção de voto, onde foi conversando com quem também aguardava para votar.
Costa levou apenas alguns minutos a votar, o que considerou ser um sinal de que "as coisas correm bem".
Já quanto a resultados, o socialista remeteu o assunto para a noite eleitoral.
Depois de votar e de falar à comunicação social, António Costa regressou a casa a pé.
Questionado sobre como iria passar o resto do dia, o primeiro-ministro referiu ter "várias tarefas domésticas atrasadas dos últimos 15 dias".
"Mas hei-de aproveitar para descansar e, ao fim do dia, começamos com as reuniões de trabalho", revelou.
Cerca de 10,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, numas eleições a que concorrem 17 listas.
Relativamente a existir este ano mais um milhão de pessoas recenseadas - os eleitores com capacidade eleitoral ativa são 10.761.156, quando nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014, eram 9.696.481 - o líder do Governo notou que, quando os resultados forem comparados, há que ter esse facto em conta, "mas isso não significa aumentar a abstenção", mas sim que "há mais pessoas com direito a votar".
Votam para as eleições ao Parlamento Europeu cerca de 400 milhões de cidadãos dos 28 países da União Europeia, que elegem, no total, 751 deputados.