O PS foi o vencedor das eleições Europeias, ainda que com um resultado acima do 'poucochinho', com 33,36% dos votos, mas conseguindo eleger nove representantes para o Parlamento Europeu. O PSD, que tinha fixado o objetivo de aumentar o número de eurodeputados, não conseguiu atingir essa meta, tendo alcançado apenas 22,01% de votos e mantendo os seis representantes. Os resultados indicam, aliás, que o partido de Rio alcança, percentualmente, o seu pior resultado de sempre, com 21,94% - um 'score' inferior aos 24,3% obtidos nas legislativas de 1976.
Mas se para os sociais-democratas a noite não foi de glória, para o Bloco de Esquerda foi de vitória, que se fixou como a terceira força política. 9,82% dos eleitores deram o passaporte para Estrasburgo a José Gusmão, que fará companhia a Marisa Matias no Parlamento Europeu nos próximos cinco anos.
Quem também acabou a noite de sorriso rasgado foi o PAN, que conseguiu eleger Francisco Guerreiro (com 5,08%) como o primeiro eurodeputado do partido liderado por André Silva, que garantiu que o PAN não é só uma "moda".
Para uns saírem vencedores, outros saíram derrotados. E esses foram, além do PSD, a CDU, que reuniu 6,81% dos votos, perdendo um eurodeputado (tinha conseguido três em 2014), e o CDS, em 5.º lugar com 6,19%, manteve apenas um eleito, o cabeça de lista Nuno Melo - que regista também a marca de pior resultado de sempre dos centristas em europeias.
Outro dos perdedores da noite eleitoral foi António Marinho e Pinto, que nas europeias de 2014 conseguiu eleger dois eurodeputados para o seu partido de então, o MPT (Movimento Partido da Terra), mas agora fica fora do Parlamento Europeu.
Europeias fechadas, os partidos apontam agora a mira às legislativas de outubro (e deixaram-no claro nos seus discursos quer de vitória quer de derrota). Lá fora, 21 países também foram a votos e houve resultados para vários gostos, com destaque para França, onde Marine Le Pen conquistou terreno à direita.
01h40: Rui Tavares, cabeça de lista do Livre, destaca que, "mais ou menos em paridade com o Aliança, seremos dos partidos sem mandatos que tiveram votação mais alta", apesar de admitir ter ficado aquém dos objetivos. "A nossa ambição é ser em Portugal o partido da esquerda verde europeia que existe noutros países deste continente" e, acrescenta Rui Tavares, "a recente campanha não deixou qualquer dúvida de que o eleitorado para esse campo político existe, os resultados de hoje permitiriam em legislativas eleger dois deputados".
O trabalho para o conseguir começa já hoje e precisa da ajuda de todos aqueles que hoje votaram no LIVRE ou nos apoiaram, daqueles que consideram que trazemos qualidade a uma política portuguesa que tanto necessita dela. Vão a https://t.co/QOtypXMtaD nos próximos dias ver como.
— rui tavares (@ruitavares) 27 de maio de 2019
00h35: O Iniciativa Liberal, que se estreou em eleições, não obteve votos suficientes para chegar ao Parlamento Europeu. "Começou! Obrigado aos quase 30 mil que confiaram na Iniciativa Liberal nestas eleições europeias, um início motivador. A partir de agora somos uma opção para quem quer um Portugal com mais Liberdade", reagiu nas redes sociais.
Começou! Obrigado aos quase 30 mil que confiaram na Iniciativa Liberal nestas eleições europeias, um início motivador. A partir de agora somos uma opção para quem quer um Portugal com mais Liberdade. (+) https://t.co/T8cyZQgxLY pic.twitter.com/EZw9C4WGFj
— Iniciativa Liberal (@LiberalPT) 26 de maio de 2019
"O PAN não é uma moda. Há cada vez mais pessoas a pensar como nós” - André Silva
00h10: PAN elege pela primeira vez um eurodeputado e garante que não é um partido "da moda".
O PAN é uma das surpresas da noite eleitoral e é oficial: vai estrear-se em Estrasburgo. “Europan”, gritou-se na sede de campanha, durante o discurso de André Silva. “Aos que não votaram, transmitimos a mensagem de que não é com o silêncio que respondemos à destruição dos ecossistemas e à falta de credibilidade da política, é nas urnas, é no voto”, afirmou. “Esta é a noite da consolidação de um percurso que este projeto político tem feito e de uma mensagem que transporta um novo paradigma, disruptivo, e uma nova visão sobre a forma como nos relacionamos com as outras pessoas, com as outras formas de vida, com o planeta. O PAN não é uma moda. Há cada vez mais pessoas a pensar como nós”.
"Um número significativo escolheu não escolher" - Presidente Marcelo
23h59: O Presidente da República reagiu perto da meia-noite dizendo "esperar que os eleitos defendam a posição de Portugal e dos portugueses na Europa". Ainda no Banco Alimentar contra a Fome, Marcelo destacou a "melhoria clara pro-europeia" no Parlamento Europeu. Apesar disso, salientou a elevada abstenção, que se ficou nos 68,6%.
"Apelei ao longo de meses no sentido de se evitar o pior. Temia uma abstenção de 75% a 80%. Um número muito significativo de portugueses escolheu não escolher, o que significa que todos aqueles que terão responsabilidade nos próximos atos eleitorais terão isso em linha de conta", de maneirs a "encontrem a forma adequada de canalizar o voto desses 68% para as próximas eleições".
23h50: André Ventura, da coligação Basta, reuniu 1,49% dos votos. Um resultado que dá "muita força" para as legislativas de outubro, reagiu o fundador do Chega.
23h50: "Os números da abstenção envergonham-nos", comentou Miguel Sousa Tavares. De facto, Portugal contrariou a tendência da UE que registou a taxa de participação mais alta dos últimos 20 anos. Por cá, a abstenção situou-se perto dos 70%.
23h45: Ana Gomes, que está de saída do Parlamento Europeu, afirmou que a abstenção em Portugal é "uma derrota nacional".
Uma derrrota nacional. Uma vergonha. Responsabilidade colectiva (minha incluida). https://t.co/SRHcxS7Uxg
— Ana Gomes, MEP (@AnaGomesMEP) 26 de maio de 2019
"É evidente a derrota muito clara que PSD e CDS sofreram" - Costa
23h45: “Em democracia é tão importante ganhar como perder. Em democracia não há vencedores nem vencidos. Em democracia vencem sempre os democratas”, começou por dizer o líder do PS. António Costa manifestou ainda “respeito” por todos os que optaram por não votar e que devem ser tidos em conta nos próximos anos e nas próximas eleições, ”para que se sintam parte inteira desta Europa que queremos de todos”.
"Não obstante o crescimento das forças de extrema-direita, no conjunto europeu há uma grande maioria de defensores do projeto europeu e de progressistas. Em Portugal é também esse claramente o significado: os portugueses apoiam o projeto europeu". "É evidente a derrota muito clara que PSD e CDS sofreram. É também muito claro que o PS e os partidos que, com o PS, viabilizaram a atual solução governativa há três anos e meio, tiveram uma vitória na noite de hoje".
O secretário-geral socialista, @antoniocostapm, agradeceu aos que “escolheram de forma tão expressiva, clara e inequívoca votar no PS nestas eleições”, acrescentando sentir este resultado como um “voto de confiança” no partido.#SomosEuropa https://t.co/Lbl1uDtgUT pic.twitter.com/BzyHRuMTN2
— Partido Socialista (@psocialista) 26 de maio de 2019
23h30: Houve abraço entre Pedro Marques e António Costa antes das primeiras palavras do cabeça de lista. “O PS pediu uma vitória clara. Os portugueses responderam dando uma enorme vitória ao PS”, começou por afirmar Pedro Marques, tendo-se seguido gritos de “vitória”.
“Foi uma honra carregar a bandeira do PS na luta mais importante das últimas décadas pelo projeto europeu”. “A elevada abstenção verificada” merece atenção, salientou. “Não ajuda nada que as campanhas se façam e só cheguem a casa das pessoas se forem carregadas de sound bites”. “Hoje, aqui, começa a luta das nossas vidas. Há mesmo muito para construir, ou se quisermos reconstruir, na Europa” (...) “Ganhámos de forma clara. Crescemos em votos e mandatos e ficámos a mais de 10% do nosso principal adversário. Isto ganha particular significado porque o PS está a governar aqui”.
Direto | Reações de António Costa e Pedro Marques | #SomosEuropa https://t.co/m3ldpAdftI
— Partido Socialista (@psocialista) 26 de maio de 2019
23h29: O Presidente da República chega a Lisboa, onde participa em mais uma iniciativa do Banco Alimentar contra a Fome, em Alcântara. Os jornalistas acompanham-no, mas Marcelo não quer tecer qualquer comentário, numa altura em que os resultados ainda não são definitivos.
"Nada está perdido para todo o sempre" - Jerónimo de Sousa
23h13: É a vez de Jerónimo de Sousa reagir. "Com este resultado é a defesa do povo e do país que saem fragilizados (...) As eleições legislativas serão um momento decisivo para determinar o rumo da vida política nacional e a vida do povo português dos próximos anos. O resultado de hoje deve constituir um sinal de alerta para todos quantos têm o poder de decidir com o reforço da CDU fazer avançar o país ou se querem correr o risco de andar para trás e perder o que se conquistou em direitos, reformas, pensões e salários", afirmou. "Não andem para trás", pediu, realçando a importância do reforço da CDU nas legislativas como força política decisiva "para avançar com uma política patriótica e de esquerda". E tal como João Ferreira, Jerónimo de Sousa condenou a "campanha difamatória" que prejudicou o partido. O secretário-geral do PCP apontou o dedo aos "centros de decisão que procuraram apoucar" a candidatura da CDU. Jerónimo de Sousa assumiu que o resultado é "negativo", mas sublinhou que, em eleições, "nada está perdido para todo o sempre".
"Não vale a pena estarmos com floreados, não atingimos os objetivos" - Rio
22h58: Foram vários os agradecimentos de Rui Rio, mas o líder do PSD deixou uma palavra especial de agradecimento a Carlos Coelho, que ficou em sétimo na lista do partido e assim não será eleito, pondo assim fim à sua carreira como eurodeputado. Rui Rio deu também os parabéns a António Costa e ao PS. “Aquilo que há muito tempo acho e continuo a achar ainda mais, é que temos de arranjar novas formas de fazer campanha. Os números da abstenção são uma derrota de todos os partidos. Temos de atuar diferente e não só nas campanhas eleitorais, e também no dia a dia. Os partidos têm de ser capazes de dialogar por Portugal”.
"Não vale a pena estarmos com floreados, não atingimos os objetivos (...) Não vale a pena tapar o sol com a peneira (...) Ou o PSD chega a outubro como alternativa, ou não há alternativa ao PS. Só o PSD pode ser alternativa ao PS (...) para poder escolher entre dois projetos distintos" (...) "Devemos aprender para, daqui a quatro meses, fazer melhor".
Em resposta aos jornalistas, Rio garantiu que não abandona o partido. "Acredito que vou ter o partido comigo. Se já foi difícil com toda a turbulência (...). A responsabilidade é do PSD como um todo".
"Conhecem-nos bem, sabem que somos incansáveis" - Catarina Martins
22h45: Catarina Martins reagiu aos resultados que colocam o Bloco de Esquerda como terceira força política enaltecendo a eleição de dois eurodeputados, a Marisa Matias e o número dois, Jusé Gusmão. "Temos um imenso orgulho na forma como o BE faz a sua campanha", disse, frisando que o partido não tem agências de comunicação nem "encomendas". "Cada militante que faz a campanha faz verdadeiramente lado a lado", prosseguiu, visivelmente feliz. "E é por isso que, numa campanha que teve tantas dificuldades, o BE conseguiu começar e a acabar cada vez com mais força, a falar da vida das pessoas (...) a falar do que conta".
Esta foto foi tirada pela Paulete Matos em 2014, durante a campanha das últimas Europeias. 5 anos depois, o Bloco duplicou e confirmou-se como alternativa. Graças ao trabalho da @mmatias e de todo o BE nos últimos anos. É tempo de continuar esse combate. #ladoalado, como sempre. pic.twitter.com/sBxBqbQmnq
— José Gusmão (@joseggusmao) 26 de maio de 2019
"Sabemos hoje que esteve bem o BE por manter a sua proposta na sua campanha. O resultado comprova isso mesmo, que a coerência de responder à vida concreta das pessoas é o necessário (...) O BE cresceu em percentagem, em votos, e em todo o território e é hoje a terceira força política do país (...)", o que significa também "mais responsabilidade". "Quero garantir a cada uma das pessoas que confiou o seu voto no BE que cada voto vai ser usado para melhorar a vida de quem aqui vive e trabalha. Conhecem-nos bem, sabem que somos incansáveis", rematou, classificando como "extraordinário" o resultado destas Europeias.
22h43: Nuno Melo falou após Cristas e deixou ‘farpa’ ao PCP e um lamento. “Queremos agradecer a todos os que votaram no CDS e não foram assim tão poucos quanto isso. Confiaram num partido que fará a diferença. É evidente que, de forma preliminar, percebemos que o PCP perde um eurodeputado, o CDS mantém, mas não atingimos os nossos objetivos. Não transformo derrotas em vitórias e assumo os resultados tal qual eles são. Hemingway dizia que quem estará nas trincheiras ao teu lado importa mais que a própria guerra. Eu tive o partido muito unido, todo o apoio da Assunção, fui acompanhado por candidatos extraordinários. O Pedro Mota Soares não foi eleito e quem perde com isso não é ele, é mesmo Portugal”. "O resultado é o que é e tem um responsável: eu, que sou cabeça de lista", rematou.
“Ficámos aquém do objetivo traçado" - Cristas
22h30: “Ficámos aquém do objetivo traçado de eleger um segundo deputado”, afirmou Assunção Cristas na primeira reação aos resultados, onde reservou palavras para Nuno Melo e Pedro Mota Soares, o número dois da lista centrista. Nuno Melo será “voz ativa e esmerada” na defesa de Portugal. “Se não temos desta vez mais um grande eurodeputado, continuaremos a contar contigo aqui junto do CDS”, disse de seguida, dirigindo-se a Pedro Mota Soares”. “Dissemos que a abstenção seria o nosso maior obstáculo. E assim foi. Compreendemos o sinal que os eleitores nos quiseram dar”.
22h20 - O cabeça de lista do PSD reconheceu que o partido não atingiu os objetivos fixados. Antes disso, lamentou a elevada abstenção que "nos obriga a todos a fazer uma reflexão sobre a vida política" e felicitou, "com todo o fairplay", o PS pela vitória.
"Arrancamos para este desafio em circunstâncias difíceis (criação de partidos na área e instabilidade interna) e julgo que fizemos uma campanha mobilizadora. (...) Cumpre reconhecer que nós tínhamos fixado dois objetivos: um era ganhar as eleições e, se esse não fosse possível, subir o patamar de 2014 e garantir a eleição de mais deputados". "O partido não alcançou o objetivo que fixou para si próprio", reconheceu Rangel, criticando a excessiva nacionalização da campanha eleitoral. De acordo com os resultados conhecidos até agora, o PSD manterá os seis eurodeputados no Parlamento Europeu.
22h10: Acompanhe aqui os resultados oficiais provisórios das eleições Europeias. E saiba quem ganhou no seu concelho e na sua freguesia.
22h05: Com 95,8% dos votos contados, é este o cenário das eleições. No 'campeonato dos pequeninos', que não terão direito a assento parlamentar, o Aliança surge na frente, seguido de Livre e Basta.
© SIGMAI
"Não estamos satisfeitos, gostávamos de ter eleito uma representação" - Santana
21h50: Santana Lopes, ao lado de Paulo Sande, falou logo de seguida para responder a questões. “Se este fosse um partido com a idade dos partidos que têm representação parlamentar seria uma derrota. Fizemos o nosso congresso fundador há cinco meses. Com certeza que não é uma vitória. Não é também um empate (…). Não estamos satisfeitos, gostávamos de ter eleito uma representação. E não estamos satisfeitos por causa de Portugal. Mas em democracia há uma regra de ouro: respeitar a vontade da maioria, mesmo quando a maioria o é numa enorme abstenção”, afirmou, explicando que ainda falta conhecer dados para analisar como ficou distribuída pelo país a votação do partido.
21h45: Paulo Sande, cabeça de lista do Aliança, reconheceu que o partido ficou aquém do esperado. "Não é obviamente o resultado que queríamos. Dos novos partidos, é um resultado digno, que permite lançar as bases do futuro. Gostaríamos de ter elegido um ou dois eurodeputados, como sempre disse que faríamos, porque é importante uma nova atitude na Europa. O povo português escolheu e escolheu não mudar", apontou. Sobre "os partido que já existem", "o futuro já começou e estes partidos vão ter de mudar de atitude. Espero que possam usar muitas das nossas ideias. São inovadoras".
21h35: Cânticos e aplausos na sede de campanha do Bloco antes de Marisa Matias falar. "Tal como fizemos até agora, vamos usar cada um destes votos para respondermos à emergência climática, para lutarmos por um emprego com direitos, para defendermos os serviços públicos, para garantir que são os problemas concertos das pessoas que vão estar no centro do nosso trabalho". "Cumprimos. Obrigada por nos ajudarem a cumprir ainda com mais força", afirmou, realçando que o partido se cimentou como terceira força política. "É inegável que houve uma derrota da Direita nestas eleições", disse ainda Marisa Matias.
Obrigada a todas e todos Seguiremos #ladoalado no Parlamento Europeu, na defesa do que é de todos e de todas! #agoracommaisforça pic.twitter.com/gqea8sKYD6
— Marisa Matias (@mmatias_) 26 de maio de 2019
21h27: Pela voz do PS, e depois de deixar um apelo a quem ainda não foi votar nestas eleições, Carlos César quis “transmitir satisfação pelos resultados” que “confirmam uma “grande vitória do PS nestas eleições”. “É uma grande vitória do PS. E não menosprezando o papel que a todos cabe, a verdade é que esta grande vitória do PS corresponde a uma grande derrota do PSD e do CDS, uma grande derrota da Direita em Portugal”.
20h58: João Ferreira, da CDU, é o primeiro cabeça de lista a reagir. O candidato quis deixar uma "saudação a todos os que confiaram o voto na CDU" e especialmente a todos os que "o decidiram fazer pela primeira vez". "Esse voto será honrado e respeitado", prometeu. (...) "Cada resultado deve ser considerado em função do quadro concreto que é construído", assinalou, lembrando o quadro de 2014, quando o país estava a braços com as "evidentes as consequências" da Troika. João Ferreira queixou-se das dificuldades que enfrentou nesta campanha, pautadas pela "desvalorização" da intervenção desta força política. A CDU, sublinhou, enfrentou "campanhas difamatórias que alimentaram preconceitos". E de olhos postos já nas legislativas, João Ferreira falou da necessidade de reforçar a CDU. "Sempre afirmamos que no dia seguinte as eleições cá estaríamos (...)". Independentemente dos resultados finais, "cá estaremos para todas as lutas que temos de travar".
20h50: "A democracia não está a conseguir mobilizar os eleitores (...) e a culpa não é seguramente" destes, reagiu Marinho e Pinto, eurodeputado que deverá, com estas eleições, deixar o Parlamento Europeu. Sublinhou estar "habituado" a perder, mas garantiu que isso lhe dá mais forças.
20h30 - Da Europa chegam sinais de novidades de relevo, aponta o The Guardian. Socialistas e PPE, os dois habituais 'pesos-pesados' em Estrasburgo, perdem força. Em sentido inverso, os liberais, liderados por Guy Verhofstadt, e o partido de Emmanuel Macron, podem formar força política ao centro que poderá vir a conseguir cerca de uma centena de assentos parlamentares. Será a chegada de um terceiro 'peso-pesado'?
20h27: Na sede de campanha do Aliança o sentimento é de desilusão, uma vez que as sondagens indicam que não será cumprido o objetivo mínimo de eleger Paulo Sande. Bruno Ferreira, número 3 da lista, começou por destacar o valor da abstenção "claramente acima, em valores recorde para a nossa democracia". "É sinal de democracia que está obviamente debilitada pelos partidos de sempre, que se recusaram a debater sobre a UE e a relação de Portugal com a UE. Há aqui obviamente responsáveis para estes valores e aqui também a dificuldade do próprio partido de aceder aos mesmos meios que os outros partidos, nomeadamente aos debates e acompanhamento da campanha eleitoral".
20h25: Inês Sousa Real, do PAN, diz que o partido "sentiu na rua a confiança das pessoas" mas "as projeções são muito otimistas. Deixam-nos bastante felizes, como é óbvio, mas vamos aguardar com tranquilidade", afirmou, deixando uma palavra sobre os números da abstenção: "é uma pena que continuemos a ter números tão elevados" mas há sinais de que "as pessoas se identificam com novas forças políticas, que trazem uma lufada de ar fresco".
20h19: O presidente do PSD, Rui Rio, chegou pouco depois das 19:30 ao hotel onde o partido vai acompanhar a noite eleitoral, entrando pela garagem e seguindo diretamente para o andar onde estão reunidos os outros dirigentes.
20h18: Projeções recebidas em silêncio na sede do CDS. As projeções das televisões de resultados das europeias foram recebidas em silêncio na sala de imprensa do CDS-PP, onde decorre a noite eleitoral do partido, na sede nacional, em Lisboa.
20h18: A socialista Ana Catarina Mendes comenta as primeiras projeções e deixa uma palavra aos partidos que apoiam o Governo de Costa no Parlamento. “A confirmarem-se as primeiras projeções, é uma clara vitória do PS e uma clara derrota da direita, isto diz bem da campanha que o PS fez ao longo destes meses, [apresentando-se como] uma força de futuro para o nosso país e também que a voz do PS vai ser ouvida no Parlamento Europeu. No conjunto dos partidos que sustentam o governo há uma claro reforço, por isso mesmo confiança, estabilidade, serenidade e a clara vitória do PS, que evidentemente muito nos satisfaz”.
Direto | Reação de Ana Catarina Mendes | #SomosEuropa https://t.co/G0jX2455r2
— Partido Socialista (@psocialista) 26 de maio de 2019
20hh14- A Jorge Costa coube a reação oficial do Bloco de Esquerda às primeiras projecções: "Defendemos estas eleições europeias como a alteração ao mapa político. E é essa alteração que hoje se inicia com a confirmação do BE como terceira força política também em eleições Europeias (...) também é um sinal positivo para que a esquerda seja reforçada nas próximas eleições e já nestas eleições um reforço do BE no PE e a constituição do BE como uma alternativa política forte.(...) Vamos esperar pelos resultados oficiais", terminou, merecendo um aplauso dos bloquistas.
20h13: Na antena da SIC, Marques Mendes considerou que há já uma grande vencedor esta noite "António Costa". Num comentário às primeira projeções, "o PS tem uma vitória tranquila, não retunbante mas acima do poucochinho. Consegue não ser penalizado, como acontece ao partido no poder, e uma distância em relação ao PSD"
20h10: João Frazão, pela CDU, realçou que "estamos ainda a comentar projeções". Ainda assim, "o conjunto das perceções permitem pensar que teremos um importante resultado, que confirmam a CDU como uma importante fonte nacional. Um resultado que é aquém das últimas eleições para o Parlamento Europeu, mas é preciso ter em conta que este foi constituído numa altura em que estávamos com a troika em Portugal, em circunstâncias completamente diferente".
20h06: O líder do PAN, André Silva, lamenta as previstas elevadas taxas de abstenção nas eleições europeias, considerando que representam uma "derrota para a democracia e para os partidos tradicionais", que "não conseguiram passar a mensagem". "Vamos aguardar que se formalizem os resultados, mas é uma derrota para a democracia e para os partidos tradicionais, que não têm conseguido passar a mensagem e têm privilegiado as guerrilhas partidárias", afirmou.
20h04: Numa primeira declaração na sede do CDS, em Lisboa, o porta-voz do CDS, João Almeida, admitiu que o valor da abstenção "é um valor alto". "É mau que a abstenção seja tão alta e, infelizmente, confirme uma tendência de vários atos eleitorais, que é a tendência para aumentar", afirmou aos jornalistas.
20h02: Na reação às primeiras projeções, o socialista Duarte Cordeiro pediu cautela, “temos que esperar até ao fim", mas "a primeira reação é satisfação [porque] é óbvia a vitória do PS. E aparentemente não é por poucochinho. [Mas] uma coisa de cada vez, para já podemos avaliar que o PS ganhou estas eleições”. Um bom indicador para as legislativas? Este resultado "mostra que o PS fez a melhor campanha e teve um resultado inequívoco dado pelos portugueses. É também um sinal importante ao nível europeu, o PS de António Costa ter ganho da forma que ganhou”.
Direto | Reação de Duarte Cordeiro | #SomosEuropa https://t.co/zG1zDG9aJI
— Partido Socialista (@psocialista) 26 de maio de 2019
20h: A sondagem da RTP/Universidade Católica indica que o PS vence as eleições Europeias reunindo entre 30% a 34% dos votos, o PSD entre 20-24%, e confirma o BE como terceira força política com 9-12% dos votos, logo atrás da CDU com 7%-9%. Atrás, o CDS com 5%-7% e o PAN entre 4%-6% dos votos.
20h: De acordo com a projeção da SIC/ISC/ISCTE/GFK Metris, o PS vence com entre 30,9% a 34,9%, o PSD terá entre 21,5% e 25,8%. O Bloco de Esquerda será a terceira força política com entre 8,5% - 11,5%. A CDU reunirá entre 5,3% e 8,3% e o PAN, à frente do CDS, poderá eleger um eurodeputado com previsão de entre 4,7% e7,3% dos votos. O CDS terá reunido entre os 4,7% e os 7,3%.
19h38: Na CDU, pela voz de Fernanda Mateus, a abstenção não está “desligada do muito ruído, de muitos aspetos que se tiveram nesta campanha e a desviaram daquilo que era central. Da nossa parte todos os nossos ativistas e candidatos estiveram na rua, prestando contas sobre o que fizemos no Parlamento Europeu, sobre o que está em causa nestas eleições. Tudo fizemos para a batalha da informação e para alertar os eleitores para a importante destas eleições”
19h35: António Costa está a chegar ao Hotel Altis. Aos jornalistas destacou "o aumento significativo da participação dos nosso compatriotas, o que reforça o nosso vínculo à Europa. Tenho também a registar a adesão positiva ao voto eletrónico, em Évora, 32% dos eleitores aderiram a esta experiência". Quanto à abstenção, o líder do PS referiu que "estão mais ou menos em linha com o que aconteceu há cinco anos, e mostram que não é possível falarmos só de Europa durante a campanha. É necessária uma reflexão profunda também dos meios de comunicação social", sob pena de termos a "ilusão de que as decisões são tomadas em Bruxelas. Isso cria um enorme afastamento por parte dos cidadãos. É essencial saber que não há uma decisão em Bruxelas que não seja tomada sempre com base nos cidadãos". O que é um bom resultado para o PS? "Ganhar as eleições, mas não faço futurologia".
19h30 - "Os agentes políticos e a comunicação social também devem tirar as suas conclusões sobre aquilo que devemos fazer para que esta taxa seja reduzida nos próximos atos eleitorais", reagiu João Azevedo, o diretor de campanha do PS
19h23: O que dizem as primeiras projeções? A sondagem da RTP/Universidade Católica aponta para uma taxa de abstenção entre 65% e 70%. A projeção da SIC situa a taxa de abstenção entre 66,5% e 70,5%. Já na Eurosondagem, a taxa de abstenção ficará entre os 66% e os 69,8. Estas percentagens não incluem os votos dos recenseados fora do território nacional.
19h18: José Silvano, secretário-geral do PSD, assume que os números da abstenção são "uma derrota de todos"
Direto Partido Social Democrata #PSD #PrimeiroPortugal https://t.co/Luye2NCIVl
— PSD (@ppdpsd) 26 de maio de 2019
19h16: A partir do Teatro Thalia, nas Laranjeiras, Joana Mortágua revelou-se preocupada com o nível da abstenção. "A ideia que temos é que vai manter-se em níveis elevados. Vamos aguardar os resultados. Estamos confiantes em relação à campanha que fizémos"
19h11: O socialista Carlos César à chegada ao Hotel Altis falou aos jornalistas: "O que desejamos é que esta eleição não antecipe a vitória daqueles que dentro da Europa fazem política para a destruir"
19h08: "Não houve mais nenhum boicote". Fonte da Comissão Nacional de Eleições (CNE) adiantou à agência Lusa que as eleições decorreram de forma "pacífica", pelo que "o balanço é positivo", registando-se apenas um boicote inicial em Montalegre, "que foi logo resolvido"
19h02: Lá fora, há protestos em Bruxelas e várias projeções em muitos países
19h01: Votaram menos 36.262 pessoas, até às 16h00, do que nas eleições para o Parlamento Europeu de 2014, apesar de haver este ano mais um milhão de recenseados para eleger os eurodeputados portugueses. A esta hora, os valores da abstenção rondam os 76%
19h00: Estão fechadas as urnas, que abriram às 8h00 em Portugal continental. Começa a contagem dos votos. Nos Açores, as urnas fecham dentro de uma hora
Estão fechadas as urnas e a contagem dos votos arrancou. Em 2014, PSD e CDS coligaram-se mas este ano apresentaram-se a estas eleições com listas separadas, encabeçadas por Paulo Rangel e Nuno Melo, respetivamente. Sozinho, o PS concorre a estas eleições tendo o ex-ministro Pedro Marques como cabeça de lista.
A CDU, que junta PCP, o PEV e a Intervenção Democrática, voltou a apresentar-se como coligação, liderada pelo candidato João Ferreira. Também o Bloco de Esquerda concorre com a mesma cabeça de lista que apresentou há cinco anos, Marisa Matias.
Nestas eleições há outros repetentes como o Livre, o Nós, Cidadãos!, o PCPT/MRPP, o MAS, o PTP e o PNR e as estreias onde encontramos o PAN, o Aliança, a Iniciativa Liberal, o PURP e a coligação Basta (composta pelo PPM e PPV-CDC), e o PDR.
Recorde-se que, em 2014, PS saiu vencedor conseguindo eleger oito mandatos, a coligação PSD/CDS alcançou sete (com os centristas a elegerem apenas um eurodeputado), a CDU elegeu três, o MPT dois e, o Bloco de Esquerda, um mandato.
Apesar do apelo ao voto de todos os candidatos, dos líderes partidários, do primeiro-ministro e do Presidente da República, a abstenção permanece a grande dúvida destas eleições. Em 2014 fixou-se nos 66,09% e prevê-se, de acordo com as sondagens realizadas nos últimos dias, que este ano se mantenha elevada.
Além de Portugal, este domingo, outros 21 países realizaram eleições. Juntos vão eleger um total de 751 eurodeputados que ocuparão um lugar no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, nos próximos cinco anos.