PAN? "Quando deixar de ser partido de cãezinhos e gatinhos tem futuro"

Apesar de defender que o PAN beneficiou de um "equívoco" para eleger, pela primeira vez, um eurodeputado, Miguel Sousa Tavares admite que o partido foi um dos grandes vencedores da noite eleitoral deste domingo.

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Natacha Nunes Costa
27/05/2019 23:23 ‧ 27/05/2019 por Natacha Nunes Costa

Política

Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares analisou, esta segunda-feira, no seu habitual espaço de comentário no Jornal das 8, da TVI, as eleições Europeias, desde domingo.

Depois de ter dito, este domingo, que “quem vota no PAN são os urbano-depressivos”, o comentador admitiu que o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que conseguiu eleger um eurodeputado pela primeira vez, foi um dos “grandes vencedores da noite” e que mérito é do trabalho que tem sido feito pelo deputado André Silva no Parlamento português.

“É um voto novo, contra o sistema. É um voto de protesto, um voto de moda, um voto politicamente correto e, também, presto justiça. Um voto que resulta de um excelente trabalho parlamentar por parte de André Silva, o único deputado do PAN, ao longo desta legislatura”, sublinhou, acrescentando que André Silva conseguiu criar “quase uma auréola de medo em redor dos outros partidos” que “têm medo e vão atrás dele”.

Contudo, Miguel Sousa Tavares, defende que o PAN beneficiou também muito de um “equívoco”, porque, afirma, as pessoas pensam que este é um partido ambientalista “mas não é, é um partido animalista”. E isso, segundo o comentador, traz um problema. Agora, no Parlamento Europeu, o PAN “vai ter de dar o salto”, para estar em alinhamento com as ideias dos Verdes da Alemanha e da Finlândia, que são dos partidos “verdadeiramente ambientalistas”.

“Quando o PAN deixar de ser só um partido dos cãezinhos e dos gatinhos em marquises, tem um grande futuro político pela frente”, provocou o Sousa Tavares.

No decorrer do comentário, o também escritor frisou que há outro vencedor nestas eleições. E que “ao contrário da turbulência que se registou nos outros países, em Portugal mantém-se tudo mais ou menos na mesma”, ou seja, com um alto índice de abstenção.

Já os grandes derrotados foram os partidos da Direita que, de acordo com Sousa Tavares, cometeram “o erro trágico de se alinharem com a Fenprof na crise dos professores”.

Em tantos anos a comentar política eu lembro de muito poucos erros de estratégia comparáveis com o que fez o PSD e o CDS, Rui Rio e Assunção Cristas. E pagaram por isso, pagaram os respetivos candidatos, pagou, sobretudo, Pedro Mota Soares, que para mim era um belíssimo candidato do CDS e que desapareceu nesta campanha, aliás, não teve hipótese, foi sacrificado por Cristas e Nuno Melo, pelo erro estratégico de um e pelo tipo de campanha do outro”, concluiu.

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