"O Bloco de Esquerda não manda na Assembleia, nem manda no país"
À chegada às Jornadas Parlamentares do PS, em São Pedro do Sul, o líder parlamentar do PS, Carlos César comentou a situação das taxas moderadoras.
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Política PS
O líder parlamentar do PS, Carlos César, está presente em São Pedro do Sul, em Viseu, para as Jornadas Parlamentares do Partido Socialista. Questionado pelos jornalistas sobre se o partido tinha recuado na sua posição por agora pretender fasear ao longo da próxima legislatura as isenções no pagamento de taxas moderadoras, o socialista defendeu que "o Partido Socialista é responsável, no Governo, pela diminuição em 25% do valor das taxas moderadoras já nesta legislatura, e por um conjunto de isenções também que foi fazendo aprovar anualmente".
"Nesta fase do processo entendemos que é importante prosseguir na diminuição das taxas moderadoras, de forma faseada (...) e esse é o trabalho que estamos a fazer. Não aceitamos acusações de que o Partido Socialista esteja a recuar em matérias como esta. Agora aceitamos uma acusação, que é a de que o PS é um partido que atua com sentido de responsabilidade e com conta peso e medida nas opções que vai tomando", garantiu Carlos César.
"Se fôssemos sempre atrás de aventura e de que tudo é fácil, barato e de que tudo pode ser feito, o que o Bloco de Esquerda, em especial, mas também alguns dos nossos parceiros alimentam frequentemente, tínhamos um país com a mão à frente e outra atrás de novo e voltávamos ao tempo da bancarrota", atirou, garantindo porém que: "Isso não vai acontecer, porque a nossa prioridade é a recuperação social, do apoio às famílias, de reativação da economia, mas suportamos tudo isso numa política de finanças públicas saudável".
Sobre a ideia transmitida pelo Bloco de Esquerda de que grande parte das taxas moderadoras devem acabar já em janeiro de 2020, o líder parlamentar deu conta de que "o Bloco de Esquerda não manda na Assembleia da República, nem manda no país", esclarecendo que "o que foi aprovado foi uma legislação tendente a acabar com as taxas moderadoras e aquilo que o PS disse no debate parlamentar é que o principio é aceitável em nome da melhoria da acessibilidade das pessoas ao sistema de Saúde, mas que tem de ser feito com gradualidade".
"Aquilo que vai resultar deste debate é aquilo que for a maioria que for constituída para este efeito", sublinhou o socialista, acrescentando que "se os trabalhos parlamentares correrem com a maior ritmo pode ser nesta legislatura". Mas, esclareceu Carlos César, "não vão terminar as taxas moderadoras de imediato, isso nunca esteve em causa".
[Notícia atualizada às 13h]
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