O relatório da Comissão Independente para a Descentralização voltou a colocar o tema da regionalização da ordem do dia levando, diz André Ventura, os “vários partidos a prepararem-se para se juntar novamente e fazer aquilo que não conseguiram fazer com o referendo” realizado em 1998.
Num vídeo publicado na sua página de Facebook, o líder do Chega refere que o objetivo dos partidos que defendem a regionalização é o de “replicar e aumentar as estruturas do Estado com a ideia geral de que estarão a desconcentrar ou a repartir competências”.
“Neste momento, a regionalização mais não serve do que para aumentar o número de ‘boys’ no Estado. Estes familiares todos que nós já conhecemos no Governo imaginem agora distribuídos por todas as regiões que vão ser criadas e por todas estas novas estruturas que vão ser criadas”, diz André Ventura.
Face ao exposto, o professor de Direito garante que o “Chega estará completamente contra a regionalização” porque “mais regionalização vai significar mais corrupção, mais familiares no Estado, mais amigos, mais ‘tachos’ para todos e, por isso, estamos já a denunciá-lo”.
Chega de corrupção, os portugueses estão fartos de estruturas que só servem para dar emprego aos amigos, aos cunhados e aos primos
Quem também garante que se vai bater pelo não à regionalização é António Campos. O histórico socialista recorreu, também ao Facebook, para dizer que a “regionalização em Portugal é uma batalha política entre Lisboa e Porto” que “a prazo coloca em risco a unidade territorial”.
Para António Campos a “regionalização, como é discutida em Portugal, não aprendeu com a história noutros países e é uma panaceia para enganar tolos que fazem da ilusão política um dogma”.
Por essa razão, sublinha, continua “fiel à descentralização municipalista de Alexandre Herculano”.
Mais poder a câmaras e freguesias e politicamente a noção de que Portugal não é só Lisboa e Porto e a maioria do país é paisagem para arder