"Estamos preocupados com os episódios de violência e a perda de vidas humanas que têm acontecido ao longo da campanha eleitoral, pelo que apelamos aos concorrentes para se absterem de condutas que possam agravar a situação", declarou à Lusa o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica.
Os órgãos eleitorais mantiveram no sábado um encontro com os representantes dos partidos para transmitir preocupação face à situação, acrescentou Cuinica.
"Recebemos por parte dos concorrentes garantias de que tudo será feito para que se evitem casos de violência e perda de vidas humanas", frisou.
Na semana passada, dez pessoas morreram no final de um comício do candidato presidencial da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder) e atual Presidente, Filipe Nyusi, quando uma multidão se precipitou para a única saída na altura disponível no Estádio 25 de Junho, na cidade de Nampula, norte do país, onde decorreu a ação.
Na primeira semana da campanha eleitoral, três pessoas morreram e duas ficaram feridas, quando uma viatura que seguia numa caravana eleitoral da Frelimo se despistou, na província de Manica, centro do país.
Cenas de violência ligadas à campanha eleitoral já levaram à detenção de 29 pessoas em todo o país pelas autoridades policiais.